A reinvenção do capitalismo: propostas do WBCSD para as empresas

Data: 05/01/2021
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Num ano marcado pela pandemia do coronavírus, por incêndios florestais de grandes dimensões, por desemprego, eleições americanas, crise econômica, o futuro do capitalismo e a forma como as empresas podem atuar com relação a desigualdades sociais, mudanças climáticas e saúde pública ganharam relevância. Para aprofundar a discussão, o WBCSD lançou a publicação “Reinventando o capitalismo: uma agenda de transformação”, como parte da atualização de sua Visão 2050. No texto, há propostas de como as empresas devem agir para se tornarem cada vez mais sustentáveis e, com isso, liderarem a transformação do capitalismo para que o mundo tenha práticas de negócios mais inclusivas e sustentáveis.

A ideia é que o WBCSD trabalhe junto às suas associadas nos próximos meses para identificar um conjunto de ações prioritárias que as empresas podem realizar para implementar uma agenda de transformação. O modelo de capitalismo reinventado terá cinco principais características: orientado para as partes interessadas, com capacidade para absorver impactos, de longo prazo, regenerativo e responsável.

Peter Bakker, presidente e CEO da WBCSD, explicou que as características essenciais do capitalismo da empresa privada e dos mercados competitivos são indispensáveis para a transformação: “Isto ​​se quisermos alcançar a escala e a velocidade de transformação necessárias para alcançar nossa Visão de um mundo em que mais de 9 bilhões de pessoas possam viver bem dentro dos limites planetários. Mas nosso sucesso ou fracasso em alcançar nossa Visão 2050 provavelmente dependerá em um grau significativo de se o capitalismo pode ser reinventado nos próximos dez anos”.