Evento lança agenda pelo desenvolvimento sustentável da Amazônia 

Data: 23/09/2019
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O encontro Um diálogo para uma possível Amazônia, realizado no dia 22 de setembro, na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, reuniu representantes da sociedade civil, setor privado, governos e academia. O evento é o primeiro passo para união de esforços em torno da elaboração de uma agenda efetiva para o desenvolvimento sustentável da Amazônia.

Participaram do evento, Marcello Brito, presidente da Associação Brasileira de Agronegócio (ABAG); Denise Hills, diretora de sustentabilidade da Natura&Co; Carlos Nobre, pesquisador do Instituto Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA-USP); Fernando Meirelles, cineasta e  responsável pela produção do vídeo Amazônia Possível; Halla Tómasdóttir, CEO da The B Team. A mediação foi do diretor executivo do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) e da Coalizão Brasil, Clima, Florestas e Agricultura, André Guimarães, e a apresentação da visão sobre a Amazônia Possível foi realizada pelo co-fundador da Natura & co fundador do Instituto Arapyaú), Guilherme Leal.

“A crise climática é gravíssima e seu trato é inadiável. Jovens lideranças como a Greta, nos mostram que não dá para postergar nossas ações. O que nos traz aqui é a gravidade do presente, não só da Amazônia, mas do globo como um todo. Sabemos quão importante é a Amazônia para o Brasil, para a América do Sul e para o globo de maneira mais ampla. Sabemos da influência que uma degradação pode criar seja para o agronegócio, para geração de emprego e renda, seja para as condições climáticas da região.” (Guilherme Leal, Co-fundador da Natura & Co e Fundador do Instituto Arapyaú)

A diretora de sustentabilidade da Natura, Denise Hills, afirmou que estamos “queimando nossa Monalisa”, ao dizer que a Amazônia é o tesouro do Brasil. Para Halla Tómasdóttir, CEO do The B Team, coalizão de empresas comprometidas em desenvolver negócios mais sustentáveis, o modelo de business-as-usual, de dualidade entre produção e proteção, precisa ser redefinido. “Fazer negocio como se fazia antes nos levou para glaciares derretendo, florestas queimando, um nível inacreditável de desigualdade”, disse. “E ainda não temos nenhuma tecnologia melhor que a árvore para sequestrar carbono.

O evento aconteceu durante a Climate Week de Nova Iorque e um dia antes da Cúpula do Clima da ONU. Contou com o apoio da Coalizão Brasil Clima Florestas e Agricultura; Rede Brasil do Pacto Global e Sistema B, além do apoio executivo do Instituto Arapyaú. “A ideia é fomentar o diálogo entre representantes da sociedade civil brasileira e internacional, da academia, da iniciativa privada, dos governos e das comunidades da região amazônica para definir ações concretas para conciliar desenvolvimento econômico e preservação ambiental, a serem apresentadas na COP-25 pelo setor empresarial brasileiro”, diz a gerente do programa de Mudanças Climáticas do Instituto Arapyaú, Renata Piazzon.

Você pode conferir aqui o vídeo na íntegra do evento.

O cineasta Fernando Meirelles divulgou um pequeno vídeo que sintetiza o que é a ideia da Amazônia Possível. Confira:

Posicionamento CEBDS em relação a Amazônia

O CEBDS lançou uma nota sobre a Amazônia, que você pode conferir aqui, em que defende o aprimoramento dos sistemas de controle e monitoramento para zerar o desmatamento ilegal no curto prazo na Amazônia e em todos os biomas, e reduzir o desmatamento legal.

É preciso frisar mais uma vez que não existe controvérsia entre produzir e preservar. As empresas de vanguarda em todos os setores produtivos, especialmente no agronegócio brasileiro, já reconhecem o caminho do desenvolvimento sustentável e as boas oportunidades de negócios geradas a partir das melhores práticas no âmbito social e ambiental.