below50 é tema de evento na COP23


Nesse domingo (12), o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) participou do side eventPart of the plan: The role of low carbon fuels in decarbonizing transport”, organizado pelo World Business Council for Sustainable Development (WBCSD) na COP23. O painel teve como principais objetivos apresentar o projeto below50 e debater como as empresas vêm superando as barreiras para o desenvolvimento do mercado de combustíveis de baixo carbono.

A assessora técnica do CEBDS, Laura Albuquerque, apresentou o hub América do Sul do below50, liderado pelo Conselho em parceria com a ABBI, Unica, Ubrabio e Abiogás. O projeto busca criar demanda para combustíveis que, como o etanol e o biodiesel, emitam 50% menos CO2 do que os combustíveis tradicionais.

Laura apresenta below50 – hub América do Sul na COP23

“A infraestrutura para biocombustíveis é bem avançada no Brasil. Isso contribui bastante para o alcance da meta de nossa NDC, que prevê aumentar para 18% a participação de biocombustíveis na matriz energética nacional. O setor privado tem aí uma grande oportunidade de negócio, como apontamos em nosso estudo Oportunidades e Desafios das Metas da NDC Brasileira para o Setor Empresarial”, ressaltou.

Nour Amrani, gerente sênior de Relações Públicas da Novozymes, concordou. “O Brasil é um grande exemplo de produção e consumo de biocombustíveis”. Atualmente, o país é o segundo maior produtor e exportador de etanol do mundo.  

Os painelistas expuseram as perspectivas das políticas regionais do mercado de biocombustíveis. Participaram da discussão Paulette Ommenvan, líder global de Clima da DSM; Freya Burton, chefe do departamento de Sustentabilidade e Pessoas da Lanzatech; Eric van der Schans, diretor de Gestão Ambiental do Porto de Rotterdam; Larissa Rose, diretora da Queensland Renewable Fuels Association; e Theodore Goumas, CEO da Exergia. O moderador foi Gerard Ostheimer, consultor sênior do WBCSD para o below50.

 

Setor de transportes é crucial para NDC brasileira

Implementar soluções de baixo carbono no setor de transportes será essencial para o cumprimento das metas da NDC brasileira. Dentre os setores produtivos nacionais, o transporte foi um dos que apresentaram as mais elevadas taxas de crescimento no consumo de energia e de emissão de gases de efeito estufa (GEE), de acordo com a Análise da Evolução das Emissões de GEE, realizada pelo Observatório do Clima.

Segundo o relatório, as emissões do setor passaram de 84 milhões de toneladas em 1990 para 204 milhões em 2012. Uma combinação de fatores nos leva a esse cenário, dentre estes, a alta dependência de combustíveis fósseis e a predominância do modal rodoviário no transporte de cargas no país. Saiba mais aqui.