Por duas semanas, a COP26 reuniu governos, empresários e sociedade civil para discutir a pauta climática em uma conferência muito aguardada. O CEBDS se preparou para representar o setor privado em Glasgow, na Escócia, com publicações, eventos e painéis sobre desenvolvimento sustentável.
O Conselho e suas empresas associadas participam ativamente das Conferências do Clima desde 1997. A conferência de 2021 é a mais importante e esperada desde o Protocolo de Kyoto e o Acordo de Paris.
Como representante no Brasil do World Business Council for Sustainable Development (WBCSD), o CEBDS integra uma rede global de mais de 60 conselhos nacionais espalhados por todos os continentes. No país, representa cerca de 80 grupos, com faturamento equivalente a 45% do PIB e responsáveis por mais de 1 milhão de empregos diretos.
Antes da conferência começar, em setembro, o CEBDS lançou o Posicionamento “Empresários pelo Clima”. Junto com o CEBDS, um grupo de mais de 100 empresas e 10 entidades setoriais listaram as medidas que defendem para uma economia de baixo carbono e quais responsabilidades assumem nessa transformação.
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O documento já havia sido apresentado ao presidente da COP26, Alok Sharma, em Brasília, no mês de agosto. Marina Grossi, presidente do CEBDS, entregou em mãos o posicionamento “Empresários Pelo Clima” com proposições para as negociações que ocorreriam em Glasgow.
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Já em outubro, um painel virtual pré-conferência apresentou a estratégia de trabalho do CEBDS para a COP26, a prévia do Estudo de Neutralidade Climática, o Sumário Executivo de TCFD, além de lançar o Guia do CEO para a COP26. Como plataforma empresarial para discutir sustentabilidade, o Conselho se associou a 14 instituições do setor privado e recebeu 115 assinaturas de CEOs para somar esforços e mostrar ambição na busca de soluções para alcançar o net zero até 2050.
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Ainda em outubro, o CEBDS promoveu outro painel virtual que mostrou como empresas e entidades trabalham a execução das metas pela economia limpa. O evento foi uma parceria com a coalizão internacional We Mean Business, que reúne mais de 2 mil empresas em busca de acelerar a corrida pela neutralidade das emissões de carbono. A coalizão é um grupo de ONGs que lida com negócios, mudanças climáticas e políticas.
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Já em Glasgow, a agenda do CEBDS foi intensa do início ao fim. Foram 17 eventos com a participação ativa do CEBDS.
No dia 3 de novembro, o Conselho, liderado por Marina Grossi, reuniu em três painéis representantes de grandes empresas: BSBIOS Indústria e Comércio de Biodiesel Sul Brasil S/A, JBS, Natura &Co, BRF, Sitawi Finanças Sustentáveis, JGP Crédito, Bradesco, Bayer América Latina, Vale, além da We Mean Business, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES), Climate Bonds Initiative (CBI) e Climate Ventures. O evento A relevância do setor empresarial no fortalecimento das ações climáticas globais, organizado pelo CEBDS e pelo iCS, debateu a importância do alinhamento entre investimentos globais, a necessidade de inovações tecnológicas, além de destacar o potencial competitivo do Brasil.
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Ainda no dia 3, o CEBDS esteve junto ao WBCSD no lançamento Manifesto Empresarial do WBCSD para a Ação Climática.
No dia 4 de novembro o CEBDS participou do evento “Clima e desenvolvimento: visões para o Brasil 2030“, uma mesa para debater um novo modelo de desenvolvimento para o Brasil que inclui descarbonização, transição justa e redução de desigualdades, além da redução do desmatamento. “Os CEOs do CEBDS, junto com outros CEOs de outras entidades, se uniram há dois anos e falaram: o desmatamento ilegal tem que acabar o quanto antes. Não tem nem uma data, é o quanto antes. É uma página que temos que virar, e virar logo. Manter a floresta em pé já foi falado em outras COPs, mas pela primeira vez isso se tornou um assunto central, o que mostra que o curto prazo também é um assunto central desta conferência”, destacou Marina Grossi.
O CEBDS também participou do lançamento da SMI-Brazil Race to Zero Investment Forum. Discussão estratégica com lideranças brasileiras convidadas sobre desafios e oportunidades decorrentes da crise climática no Brasil. O evento contou com a presença do Príncipe Charles, além de representantes dos High-Level Climate Champions.
Side Event: SMI-Brazil Race to Zero Investment Forum (Imagem: CEBDS)
Outro encontro que contou com a presença do CEBDS foi a reunião para discussão do progresso da Coalizão LEAF (Lowering Emissions by Accelerating Forest Finance), uma mobilização de US$ 1 bilhão em financiamento para a proteção de florestas tropicais.
No dia 5 de novembro, a presidente do CEBDS, Marina Grossi, participou do III Fórum de Pós-Graduação GAUC Capacitação em Financiamento de Carbono organizado pelo Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ), que analisou as opções a serem perseguidas para um desenvolvimento de baixo carbono.
Também foi dia do painel “A roadmap for a sustainable Amazon: From deforestation-driven to a socially inclusive and green economy” que discutiu os principais riscos e oportunidades do financiamento do clima, alinhando estratégias ESG a projetos eficazes e impactantes apoiados pelo setor privado. A mesa foi intitulada “Da integração ESG ao investimento de impacto”.
Reunião: Ministério do Clima e Meio Ambiente da Noruega (Imagem: CEBDS)
No domingo, 7 de novembro, para encerar a primeira semana de COP 26, o CEBDS esteve no “Amazonia Is the Way to Our Future: Business as a Force for Good”, realizado pela Natura & Co. e Global Landscape Forum, para debater a importância da estrutura de biodiversidade Pós-2020 e da proteção da Amazônia. Foi durante essa mesa, que Marina Grossi apresentou o Posicionamento do Setor Empresarial sobre a Amazônia. O documento é resultado do trabalho conjunto entre as empresas associadas do CEBDS e integrantes da iniciativa Uma Concertação pela Amazônia, que elencou seis pilares focados no combate ao desmatamento ilegal e na promoção de uma economia inclusiva e regenerativa. Além disso, Marina também participou de uma reunião privada entre o Ministro do Clima e Meio Ambiente da Noruega, Espen Barth Eide, e representantes da sociedade civil do Brasil, para debater clima e florestas, desafios e oportunidades. O Brasil é parceiro central do NICFI e da Noruega.
Publicação: “Posicionamento Empresarial sobre a Amazônia” (Imagem: CEBDS)
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E a Natália Renteria, gerente de Clima do CEBDS, participou também do painel com membros do governo subnacional da América Latina da Coalizão Under2, que demonstraram os avanços com metas líquidas zero, caminhos de descarbonização e engajamento internacional: Roundtable: From rhetoric to realitiy: Funding climate in Latin America.
Para debater adaptação, perdas e danos, nos painéis do dia 8 de novembro, o CEBDS abordou como a articulação de ações e o diálogo entre as empresas é realizado e sustentado no evento “Business Climate Leadership in Brazil”. O debate foi mediado pela presidente do CEBDS, Marina Grossi, que recebeu representantes da Natura, o presidente do WBCSD, Peter Bakker e We Mean Business.
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Side event: Business Climate Leadership in Brazil (Imagem: CEBDS)
A presidente do CEBDS representou o setor empresarial brasileiro também na recepção do WBCSD que reuniu CEOs, CFOs e líderes climáticos para conversar sobre a ação climática positiva para a natureza que contribui para a recuperação climática em meados do século.
No dia 9 de novembro, o tema era gênero, ciência e inovação e as metas baseadas na ciência foram o centro dos painéis, que tiveram a participação do CEBDS. No evento ” Metas baseadas em ciência: o papel de governos subnacionais e non-state actors brasileiros na implementação do Acordo de Paris “, Natalia Renteria moderou o painel sobre Metas Baseadas na Ciência e a Indústria.
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Side event: Metas baseadas em ciência: o papel de governos subnacionais e non-state actors brasileiros na implementação do Acordo de Paris (Imagem: CEBDS)
Nesse dia, Marina Grossi participou da mesa sobre os Caminhos de Ação da Indústria desenvolvidos pela Parceria de Marrakech para Ação Climática Global, com destaque para os principais facilitadores, como finanças, tecnologia e políticas ambiciosas.
“O Brasil já é capaz de atingir meta de neutralidade climática para 2050, com base em três pilares: fim do desmatamento ilegal, regulamentação do Artigo 6 do Acordo de Paris e criação de um mercado regulado de carbono brasileiro. Para as empresas brasileiras, esses são pontos cruciais para que o país retome seu protagonismo e se beneficie das grandes vantagens competitivas que possui”, defendeu a presidente do CEBDS.
Caminhando para o fim da conferência, no dia 10 de novembro, o potencial brasileiro de apresentar soluções baseadas na natureza para crise climática reuniu representantes de empresas e organizações em um debate organizado pelo CEBDS em parceria com o iCS, “Soluções baseadas na Natureza como alavanca da solução da crise climática”. O setor empresarial foi representado pela BRK Ambiental, Suzano e Bayer, que revelaram os desafios e oportunidades da agenda. Também participaram Natalia Renteria do CEBDS, Valerie Kapos, Head of Programme da Climate Change and Biodiversity, e Henrique Luz, coordenador técnico do CEBDS, que mostraram a importância das ações pioneiras das empresas para avançar nas metas climáticas.
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Após o debate, um evento promovido pelo CEBDS reuniu lideranças para uma conversa sobre as ações do setor privado brasileiro para alcançar a Neutralidade Climática no Brasil.
Em parceria com o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), o CEBDS encerrou sua participação na COP 26, no dia 11 de novembro, com o evento “Neutralidade climática no Brasil: fim do desmatamento na Amazônia e a ação do setor empresarial ”.
Side event: Neutralidade climática no Brasil: fim do desmatamento na Amazônia e a ação do setor empresarial (Imagem: CEBDS)
Publicação: “Sumário Executivo – Jornada TCFD” (Imagem: CEBDS)
O painel mostrou as ações das empresas brasileiras na mobilização para alcançar a agenda de neutralidade climática e metas líquidas de zero emissões até 2050, mas também foi a oportunidade de lançar duas importantes publicações desenvolvidas pelo CEBDS: Jornada TCFD, que explica a iniciativa global que desenvolve recomendações para divulgações mais eficazes relacionadas ao clima; e Como as empresas vêm contribuindo para a Neutralidade Climática, estudo realizado pela Agroicone e pela Proactiva em parceria com o CEBDS, que apresenta de que forma as metas de neutralidade emergem do Acordo de Paris e são um caminho natural a ser seguido pelas partes.
Publicação: “Como as empresas vêm contribuindo para a Neutralidade Climática” (Imagem: CEBDS)
Em todo o processo a caminho e durante a COP26, a visão do setor empresarial brasileiro foi destaque na grande imprensa, que trouxe a visão do CEBDS.
Alguns destaques na imprensa:
CNN – Empresários brasileiros defendem crescimento sustentável na COP26
Jornal Nacional – Setor industrial implementa mudanças para cortar emissões de gases de efeito estufa
O Globo – O que o Brasil tem a ganhar com o sucesso da COP 26?
Durante a Conferência do Clima, apresentamos, na CBN, o podcast “CEBDS na COP26”. O programa teve o objetivo de debater o papel do setor empresarial nas discussões realizadas na Cop26, reunindo lideranças em Sustentabilidade das maiores empresas do país. O debate contou com a participação de Eduardo Bastos, Head de Sustentabilidade da Bayer Crop Science, Marcelo Pasquini , Head de Sustentabilidade do Bradesco, Mariana Modesto, Diretora de Sustentabilidade da BRF, Letícia Kawanami, Gerente de Sustentabilidade, da Suzano e Marcio Nappo, diretor de sustentabilidade da JBS.
Ouça: CEBDS na COP26 – Rádio CBN
Ao longo de todo esse processo, CEOs de nossas empresas associadas produziram artigos sobre os principais assuntos de desenvolvimento sustentável em pauta na Conferência.
Confira:
NA AGENDA CLIMÁTICA, 2050 É AGORA
Por Walter Schalka, presidente da Suzano.
SOLUÇÃO CLIMÁTICA PASSA PELA “UNIVERSALIZAÇÃO” DA ECONOMIA CIRCULAR
Por Susana Carvalho, Diretora Executiva da JBS Fertilizantes e Ambiental.
SEQUESTRO DE CARBONO: A NOVA MANEIRA DE FAZER AGRICULTURA SUSTENTÁVEL
Por Maurício Rodrigues, CEO da Bayer Crop Science Latam
Para encerrar as discussões sobre a COP26, o CEBDS realiza em novembro, o Debriefing da COP26: Uma análise do CEBDS, debate sobre os resultados e o futuro após a 26ª Conferência da ONU sobre Mudança Climática.
Especialistas e lideranças do setor empresarial e sociedade civil estarão reunidos para analisar as principais recomendações da COP26 e apontar os caminhos que o Brasil precisará percorrer para atender seus compromissos climáticos.