A primeiríssima medida que o presidente americano Joe Biden tomou em sua posse ontem foi trazer os Estados Unidos de volta ao Acordo de Paris. Para o Brasil, o recado do democrata é uma grande oportunidade e uma importante sinalização de que é urgente a implementação do nosso mercado de carbono. O Brasil já está preparado para adotar a precificação de carbono com integridade climática, proteção da competitividade e governança transparente e participativa. E o CEBDS vem liderando a construção de uma proposta de mercado doméstico de carbono compulsório elaborada ao longo de vários eventos e consultas aos seus membros. Além disso, precisamos implementar com urgência metas para a eliminação do desmatamento ilegal, sobretudo na Amazônia. O ano de 2020 já ficou marcado pelo enorme movimento capitaneado pelo CEBDS e o setor empresarial, que resultou no Comunicado do Setor Empresarial Brasileiro.
Biden ordenou ainda que as agências federais comecem a revisar e restabelecer mais de cem regulamentações ambientais que foram enfraquecidas ou canceladas pelo ex-presidente Donald Trump. A medida é uma tentativa de reparar o estrago feito pelo republicano em seu governo, quando fez de tudo para enfraquecer não só as principais metas domésticas de redução de carbono como também evitar o controle da crise climática. “Vamos combater as mudanças climáticas de uma forma que nunca fizemos antes”, disse Biden. Na ordem das prioridades do novo presidente está também o combate à crise instalada pela pandemia do coronavírus, a retomada econômica e o combate às injustiças raciais. O ano de 2021 continuará sendo um período de enormes desafios e exigirá ações firmes e concretas. Temos que assumir nosso papel de protagonista no desenvolvimento sustentável.