Encerrando a sua participação na COP26, em Glasglow, o CEBDS organizou, em parceria com o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), o painel “Neutralidade climática no Brasil: fim do desmatamento na Amazônia e a ação do setor empresarial”.
O encontro trouxe as visões e experiências de diferentes segmentos, tanto da iniciativa privada, quanto do poder público e de associações, que foram unânimes em dizer: para frear o desmatamento e conservar a floresta amazônica em pé, ações cruciais para o cumprimento das metas globais de neutralidade climática, é preciso colaboração e uma articulação consistente entre o setor empresarial, o poder público e representantes da sociedade civil.
André Guimarães, diretor executivo do IPAM, e Marina Grossi, presidente do CEBDS, foram os mediadores do debate e reforçaram que, além de influenciar nas mudanças climáticas, a preservação e a restauração de áreas degradadas da Amazônia também são importantes para o agronegócio brasileiro e para a conservação da biodiversidade.
Também participaram do painel Alessandra Fajardo, líder de Engajamento Estratégico de Meio Ambiente e Agricultura para América Latina da Bayer; Sarita Severien, líder de Mudanças Climáticas na Suzano; Marcello Brito, presidente da Associação Brasileira do Agronegócio; Mauro O de Almeida, secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará; e Marcelo Stabile, pesquisador do IPAM.
Para se ter um exemplo de como a cooperação é importante para atingir as metas determinadas pelo Acordo de Paris, de acordo com o projeto Coserv, desenvolvido pelo IPAM, cerca de 11 milhões de hectares da Amazônia poderiam ser legalmente desmatados por estarem dentro de propriedades privadas e além dos percentuais exigidos pela legislação para conservação dessas áreas. “Precisamos atuar em várias frentes. Além de combater o desmatamento ilegal, é necessário criar incentivos para que esses produtores rurais escolham manter essas áreas conservadas”, explicou Stabile.
“Realmente acreditamos em colaboração. Sozinhos vamos levar muito mais tempo para desenvolvermos soluções que nos ajudem a cumprir essas metas, mas, trabalhando juntos, podemos chegar lá mais rápido e de forma mais saudável para todos”, reforçou Alessandra. O debate completo está disponível no Youtube, basta clicar aqui.