O mercado de carbono e o Artigo 6 do Acordo de Paris foram a pauta da participação do CEBDS no segundo dia da Conferência do Clima da ONU – COP 25. Karen Tanaka, gerente técnica do CEBDS, e Monique Gonçalves, da Shell (associada ao CEBDS), apresentaram experiências do setor empresarial brasileiro no workshop “Diálogo de Negócios em mercados de carbono e Artigo 6”. O evento foi promovido pela International Emissions Trading Association (IETA), no IETA Business Hub.
O workshop apresentou um panorama da precificação de carbono no mundo, e em destaque na América Latina, e como os mercados de carbono podem contribuir para as NDCs e para estratégias de longo prazo, além do Artigo 6 e as expectativas para a COP 25.
O CEBDS apresentou o posicionamento do setor empresarial brasileiro sobre o Artigo 6, construído durante a Latin American and Caribbean Climate Week 2019. Para acessar o documento, clique aqui.
“Estamos trabalhando em articulação com os governos federal e estaduais para promover a agenda. Até então, o governo federal mantinha uma posição relacionada às negociações e após o crescimento do interesse das empresas pela criação de mercado de carbono, percebem oportunidades e a importância da transição para uma economia de baixo carbono. O CEBDS defende o protagonismo do setor empresarial, inclusive com ambições mais ousadas” (Karen Tanaka, gerente técnica do CEBDS)
Monique Gonçalves, representante da Shell, associada ao CEBDS, afirmou que a empresa pretende reduzir a pegada de carbono em 50% e trabalha em uma estrutura global com novas tecnologias. A prioridade da empresa é mitigar e reduzir as emissões e, quando não for possível, compensar, visando atender à Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC, na sigla em inglês).
No workshop também foi constatado que houve aumento na aceitação de implementação do preço do carbono nos últimos anos – um fator determinante para o acordo de Paris. Mais partes estão buscando preços do carbono para alcançar seus compromissos na NDC.