O impacto da Covid-19 nas empresas deve levar a uma forma mais sustentável de se fazer negócios. A afirmação é do presidente da BlackRock no Brasil, Carlos Takahashi, em entrevista à Exame. Segundo ele para as organizações, o momento é decisivo. Quando a pandemia acabar, a sociedade irá demandar mais responsabilidade das empresas. Takahashi prevê uma nova precificação de ativos. “Esse evento deixou muito claro a importância de se olhar para o longo prazo”. As desigualdades sociais e a falta de serviços essenciais, como o saúde ficaram ainda mais evidente. “Tudo fica mais transparente em momentos de crise”, afirma o presidente da BlackRock no Brasil.
O movimento em direção a um novo capitalismo será intensificado pela pandemia da covid19, segundo Takahashi. O CEO da BlackRock, Larry Fink em sua carta anual aos investidores fez compromissos, como o de desinvestir em setores intensivos em carbono. “Quando emergirmos dessa crise, e à medida que os gestores reequelibrem seus portfólios, teremos a oportunidade de acelerar a transição para um mundo mais sustentável”, afirmou Fink.
Larry Fink diz que companhias e investidores com um forte senso de propósito e uma abordagem de longo prazo estarão aptos a navegar por esta crise. O executivo acredita na mudança de pensamentos dos investidores. “Para alguns clientes, a recente onda de vendas criou uma oportunidade de rebalancear em ações. D fato, muitos de nossos clientes – mesmo aqueles com pesada alocação em renda fixa devido aos perfis de risco – estão olhando para aumentar a alocação em ações neste mercado.”
O CEO da BlackRock, Larry Fink, indica que “a maior mudança para as gestoras de recursos será como vamos usar a tecnologia. No futuro, as gestoras terão de ser tão boas no uso da tecnologia quanto uma empresa de tecnologia”. Não só as empresas irão se readequar. Fink diz que a população irá repensar fundamentalmente a maneira como trabalha, compra, viaja e se reúne.
Confira a entrevista na íntegra: https://exame.abril.com.br/mercados/havera-uma-nova-precificacao-de-ativos-apos-a-pandemia-diz-blackrock/