Cuidar das nossas florestas hoje é transformar o amanhã de todos

Data: 16/09/2021
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A Vale assumiu o compromisso de reduzir suas emissões de gases de efeito estufa e neutralizar suas as emissões residuais das suas operações diretas e indiretas, ou seja, sob sua responsabilidade, até 2050. Esse grande desafio está
apoiado em dois eixos complementares: a redução de emissões por meio de soluções tecnológicas; e a compensação, via Soluções Baseadas na Natureza. No eixo da tecnologia, vamos investir até US$ 6 bilhões para reduzir em 33% nossas emissões até 2030. Mas para zerar as emissões precisaremos compensar, e é aí que entra o segundo eixo. Nesta década, vamos proteger e recuperar mais 500 mil hectares de florestas, além daquilo que já ajudamos a conservar no mundo – quase 1 milhão de hectares.

Nossa intenção é ir além do objetivo de plantar árvores. Queremos um carbono que envolva a conservação, a recuperação e a melhoria das condições de vida de quem vive nas florestas. É o que chamamos de “carbono de impacto”. Afinal, zerar emissões além de contribuir com o equilíbrio do clima no planeta, também é uma oportunidade para apoiar o desenvolvimento das comunidades. E isso se conecta com o nosso propósito, de criar e compartilhar valor.

Do total dos 500 mil hectares, 100 mil correspondem à recuperação de áreas degradadas nas quais a empresa, por meio do Fundo Vale e de uma rede de parceiros, está fomentando e investindo em negócios de impacto socioambiental positivo. Desde o ano passado, o Fundo Vale vem implementando modelos pilotos com diferentes arranjos florestais, uma parte deles na Amazônia. A meta é recuperar 6 mil hectares até dezembro, gerando mais de mil empregos. O investimento chega a R$ 100 milhões. Os modelos de negócios mais exitosos serão escalados visando à meta de 100 mil hectares de área florestal. Os outros 400 mil hectares estão ligados à proteção de áreas florestais já existentes. No ano passado, firmamos parceria com quatro Unidades de Conservação, que somam 52 mil hectares. Este ano a previsão é de chegar a pouco mais de 100 mil hectares.

Estamos também estudando formas de conciliar as ações de conservação com o mercado de créditos de carbono. Projetos de REDD (Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal) estão em avaliação para que possam ser escalados por meio de parcerias com agentes públicos, privados e filantrópicos – em especial na Amazônia. Nesta perspectiva, demos recentemente um passo importante ao lançar a PrevisIA, uma plataforma de
inteligência artificial com capacidade de prevenir áreas futuras ameaçadas de desmatamento na Amazônia. A iniciativa é resultado de uma parceria entre o Fundo Vale, a Microsoft e a ONG Imazon.

 

Por Eduardo Bartolomeo

Presidente da Vale