Eficiência energética consiste em alcançar o mesmo resultado em termos de produção consumindo menos energia. Simples assim. É o mesmo conceito de quando queremos reduzir o preço da conta de luz e trocamos as lâmpadas comuns pelas de LED. Ou quando trocamos uma geladeira muito antiga por uma nova, que consome 50% a menos de energia. Até aí, tudo bem.
O que não é tão simples é tornar a busca pela eficiência energética uma diretriz da empresa. Você pode entender o porquê relembrando os exemplos “caseiros” citados: a lâmpada LED possui um valor mais elevado para compra, por exemplo. Assim como a geladeira mais moderna também requer um grande investimento inicial. Por outro lado, é verdade que o investimento é compensado a médio prazo com a economia realizada a partir de então.
Mas esse não é o único desafio que as empresas enfrentam na tentativa de se adequar a esse modelo. Neste artigo, vamos explicar detalhadamente o conceito de eficiência energética e apresentar um panorama dos desafios e oportunidades do tema para os gestores. Acompanhe!
Mais uma vez: a eficiência energética é alcançada quando a empresa atinge os mesmos resultados consumindo menos energia. É um conceito que vem sendo posto em prática em diferentes setores, de variadas formas.
Veja o caso das indústrias, por exemplo: elas investem em eficiência energética via troca de equipamentos, quando substituem uma caldeira ou frigorífico por máquinas que fazem o processo com a mesma qualidade, mas sem consumir energia em excesso. Às vezes, sequer é necessário trocar os aparelhos: a manutenção correta já otimiza a performance em termos energéticos e operacionais.
O caso das indústrias é mais ilustrativo por representar um setor que trabalha com maquinário pesado. Entretanto também há iniciativas vistas em outros setores que são semelhantes com as que fazemos em casa. Como no caso dos bancos, cuja estratégia em busca de eficiência energética se dá na edificação dos prédios e estabelecimentos, desde a escolha das tomadas e lâmpadas até a utilização de placas para captação de energia solar.
Enfim, existe um leque de medidas que podem ser implantadas e fazem a diferença não só agregando valor para a empresa perante o público, como reduzindo custos e abrindo portas para novas parcerias e iniciativas.
Mas também existem desafios em relação ao tema. A maioria deles está relacionada à questão da sustentabilidade financeira como um todo:
– Captação de recursos;
– Desconhecimento dos benefícios por parte dos empresários e gestores;
– Falta de conscientização e capacitação da equipe.
Entenda melhor:
Atinge principalmente empresas que têm dificuldade para colocar os esforços pela sustentabilidade no mesmo patamar de importância que os outros investimentos. Esses empreendimentos deixam de contrair crédito para investir em eficiência energética para usar esses recursos para outros fins. Assim, eles gastam o nível de endividamento com projetos que pensam ser mais importantes para a saúde econômica do negócio.
Ainda é comum encontrar gestores incapazes de entender o potencial de políticas de eficiência energética em termos de economia de capital e arrecadação de valores para a empresa, sem falar no ganho social. As principais benesses são:
– Redução na emissão de gases de efeito estufa;
– Diminuição do consumo de energia elétrica;
– Colaboração com metas nacionais de redução de emissões;
– Economia de recursos financeiros.
É mais fácil mandar a mensagem de sustentabilidade à liderança do que aos outros colaboradores da empresa sem parecer superficial. Por exemplo: você pode promover cursos e palestras sobre o assunto mostrando o quão ele é importante para o negócio. Porém, digamos que, no primeiro problema financeiro da empresa, o diretor decide cortar gastos na pasta. Como fica o convencimento?
Além disso, não há plano de educação pública ou privada construído sobre o assunto. É muito mais complicado conscientizar profissionais que cresceram sem nunca ter tocado no tema nas salas de aula ou no cotidiano, de maneira aprofundada.
Existem linhas de financiamento e instrumentos financeiros de apoio a projetos de eficiência energética. São projetos que dão subsídios generosos para os empreendimentos que aderem a esse tipo de gestão dos recursos.
Há um montante de R$ 42 bilhões disponíveis somente para captação de recursos para projetos de eficiência em diversos programas, como:
– Programa Nacional de Conservação da Energia Elétrica (Procel);
– Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE);
– Programa de Eficiência Energéticas das Empresas de Distribuição (PEE-ANEEL);
– Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Enfim, embora os desafios sejam muitos, os benefícios trazidos com a implementação de gestão com base em eficiência energética têm um potencial enorme para as empresas. Significa estar em sintonia com o panorama global em relação ao meio ambiente e às tendências do mercado financeiro.
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