A jovem sueca, que foi indicada para o Nobel da Paz pelo seu ativismo, realizou o discurso de abertura da Cúpula do Clima ONU em Nova York
A jovem Greta Thunberg, em agosto de 2018 começou se ausentar das aulas para protestar, próxima ao parlamento sueco, exigindo por mais ações para mitigar as mudanças climáticas por parte dos políticos de seu país. Greta Thunberg é a responsável pela mobilização que levou milhões de pessoas às ruas em todo o mundo para pedir aos governantes providências urgentes contra as mudanças climáticas.
A adolescente sueca de apenas 16 anos, realizou o discurso de abertura da Cúpula do Clima, que aconteceu em Nova York, junto com o secretário-geral da ONU, António Guterres, e disse que os jovens são uma força “imparável” em pressionar os líderes mundiais a favor do clima. “Ontem, milhões de pessoas em todo o mundo, especialmente jovens, marcharam e pediram uma ação real contra o clima. Demonstramos que estamos unidos e que nós jovens somos imparáveis”, disse Greta no Palácio de Vidro, sede da ONU.
Greta também agradeceu Guterres por ter organizado o evento e “convidado tantos jovens ativistas”. “Estou empolgado com a liderança e o dinamismo do movimento juvenil pela ação climática”, disse o secretário-geral da ONU, depois de ouvir Greta e outros ativistas de diferentes nacionalidades. “Dois anos atrás, quando comecei, fiquei muito desanimado. Mas, em algum momento, houve um impulso, em grande parte graças ao movimento juvenil, que começou a ter um impacto”, continuou ele.
“Isso está errado, eu não deveria estar aqui. Eu deveria estar na escola, do outro lado do oceano”, contestou Thunberg aos líderes de 60 nações. “Vocês ainda se aproximam de nós, jovens, para ter esperança. Como ousam?” A jovem denunciou que a falta de ações concretas dos chefes de estado “roubaram” com suas “palavras vazias” seus sonhos e sua infância.
Greta alertou que os ecossistemas estão entrando em colapso. “As pessoas estão sofrendo. As pessoas estão morrendo. “Estamos no início de uma extinção em massa e tudo o que vocês falam gira em torno de dinheiro e um conto de fadas de crescimento econômico eterno. Como ousam?. Por mais de 30 anos a ciência foi clara. Como ousam seguir ignorando os alertas e vir aqui para dizer que estão fazendo o bastante? Se vocês realmente entendessem essa situação, e ainda assim seguissem falhando em suas ações, então vocês são maus. E nisso eu me recuso a acreditar. Aqui, agora, vamos definir os limites. O mundo está acordando. A mudança está vindo, quer queiram, quer não.”
O Fridays For Future (Sextas-feiras Pelo Futuro), ganhou repercussão com a adolescente sueca de 16 anos Greta Thunberg. A jovem Thunberg, em agosto de 2018 protestou perante ao Parlamento da Suécia, portando um cartaz no qual escreveu “Skolstrejk för klimatet” (“Greve escolar pelo Clima”).
O movimento ganhou repercussão e inspirou a Greve Global pelo Clima. Os atos em contra as mudanças climáticas levaram pessoas a se mobilizarem em mais de 150 países se levantam no dia 20 de setembro. As mobilizações chamam atenção para a necessidade de redução da emissão de gases do efeito estufa, que provocam mudanças climáticas. Os atos também mais responsabilidade de todos com o meio ambiente. A data antecedeu a Cúpula do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York.
Na Austrália, mais de 300 mil pessoas lotaram as ruas de 100 cidades. Na Alemanha, 500 cidades anunciaram protestos. Nos Estados Unidos, 800 cidades aderiram à mobilização, a cidade de Nova York amanheceu com atos e Wall Street foi totalmente tomada com cerca de 1 milhão de pessoas. No Brasil estima-se que tenha tido atos em ao menos 40 cidades.
Créditos da foto: Lucas Jackson/Reuters
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