As metas baseadas na ciência são um guia para empresas desempenharem ações sustentáveis contra as mudanças climáticas.
Apesar dos esforços globais (e do Acordo de Paris), mesmo que todos os países cumpram com suas contribuições nacionalmente determinadas (NDC), a meta de manter o aumento da temperatura global em até 2º C, em relação aos níveis pré-industriais, dificilmente será atingida.
Leia esse outro artigo sobre sustentabilidade econômica em nosso blog.
Dessa forma, é preciso estabelecer metas baseadas na ciência para conseguir controlar a temperatura e concentrar os esforços de governos, empresas e sociedade civil na direção certa, a fim de evitar o aquecimento dos oceanos e da atmosfera.
Neste texto você saberá mais sobre essas metas e qual é o papel das empresas nessa luta pelo meio ambiente.
Se tiver alguma dúvida ou elogio, deixe o seu comentário no fim desta página.
Boa leitura!
Possuir um objetivo claro, possível e mensurável é vital para um planejamento sustentável.
Como dito, os esforços já previstos por todos os países – em suas contribuições nacionalmente determinadas – não serão suficientes para alcançar a principal meta do Acordo de Paris: manter o aumento da temperatura global abaixo de 2ºC.
Neste cenário, o setor empresarial é um dos principais aliados tanto por sua capacidade de investimento e financiamento de ações climáticas quanto por seu potencial de inovação e de dar escala às ações de combate à mudança do clima.
Segundo a coordenadora da CT Clima do CEBDS, Laura Albuquerque, “ao alinhar suas metas com os preceitos científicos, as empresas assumem a liderança na transição para a economia de baixo carbono e sinalizam seu compromisso na luta contra as mudanças climáticas”.
Por isso, grandes empresas já estão trabalhando segundo as metas baseadas na ciência. Com governos e setor empresarial agindo com um objetivo em comum, alcançar a meta do Acordo de Paris torna-se mais viável, assim como um futuro melhor para todos.
A ideia é que, ainda em 2018, o estabelecimento de metas baseadas na ciência se torne uma prática comercial padrão e permitam às corporações desempenhar um papel importante no preenchimento do hiato de emissões deixado pelos compromissos assumidos pelos governos no âmbito do Acordo.
A economia de baixo carbono é uma nova mentalidade de desenvolvimento baseada na reconfiguração dos processos produtivos das empresas que, com a ajuda de tecnologias modernas e inovadoras, reduzem as emissões de gases de efeito estufa ao mesmo tempo em que tornam seus processos mais eficientes.
Nessa nova formatação de economia, os empreendimentos são guiados pelos princípios da sustentabilidade, utilizando geração de energia limpa, fazendo uso eficiente de recursos hídricos, dentre outras medidas.
O objetivo é gerar o menor impacto possível sobre o meio ambiente e sobre o clima do globo. Mas como? Colocando opções relacionadas à gestão em sustentabilidade.
Finlândia, Suécia e Dinamarca são alguns dos países que têm colocado a economia de baixo carbono no centro de suas decisões políticas e financeiras.
As Metas Baseadas na Ciência, em inglês SBT, é um passo a passo para sua empresa.
Segundo o site da Science Based Targets Initiative, formada pelo CDP, Pacto Global, World Resources Institute e WWF, já existem 333 empresas associadas e com suas metas baseadas na ciência estabelecidas ou em processo de definição.
Essa instituição é a principal promotora das metas baseadas na ciência no mundo. E associando-se, você terá um passo a passo para empresas que desejam alinhar seus esforços de redução das emissões de gases de efeito estufa à ciência climática.
Trata-se de uma atitude estratégica que grandes empresas já tomaram, como a Natura, Schneider Electric, Coca-Cola e Nestlé, também associadas ao CEBDS.
A SBT adota a metodologia Sectoral Decarbonization Approach (SDA) e possui uma ferramenta para auxiliar as empresas a definirem suas metas: Science Based Target Setting Tool.
Mas como bem lembra Henrique Pereira, da Way Carbon, “as metas baseadas na ciência sinalizam o que precisa ser feito, mas não como será feito. Nesse sentido, outros aspectos são relevantes, como o engajamento, a comunicação e a integração na estratégia corporativa e na gestão de riscos”, destacando a importância das empresas integrarem os processos internos e incluírem as metas baseadas na ciência em suas estratégias de negócios e de comunicação.
Ao definirem metas baseadas na ciência, as empresas estarão ao lado das maiores companhias do mundo, unindo forças para enfrentar as mudanças climáticas sem perder competitividade e fortalecendo sua credibilidade no mercado.
Além disso, ao fazer parte desse grupo, sua companhia mostra que seu compromisso com a sociedade não é apenas uma mensagem publicitária, mas que também é traduzida em atitudes práticas.
No entanto, mais do que benefícios, todos precisam adotar uma cultura coletiva, onde o beneficiar a sociedade e o meio ambiente venha antes da busca pelo benefício próprio.
Claro que ele deve ser priorizado para a manutenção e crescimento do negócio. Ao contrário do pensamento de alguns empresários, é possível aliar o crescimento ao desenvolvimento sustentável.
O CEBDS pode ajudar sua companhia a adotar a SBT.
Tem interesse em transformar sua empresa? Independentemente da proporção da sua empresa, todos podemos melhorar nossos processos e amenizar nossos impactos.
Em 2017, o CEBDS promoveu o Workshop sobre Metas Baseadas na Ciência, a fim de difundir o tema entre as empresas brasileiras.
Abaixo, você encontrará as apresentações dos palestrantes do Workshop:
A essência da sustentabilidade é a inovação. E com uma cultura de inovação diversas vantagens competitivas são criadas. Quando elas são sustentáveis, não somente geram mais lucros, mas também uma percepção melhor da empresa na sociedade.
Por isso, investir e preocupar-se com as metas baseadas na ciência é um compromisso não somente com o planeta, mas com a performance (e o futuro!) da sua empresa.
Tem alguma dúvida sobre metas baseadas na ciência? Deixe o seu comentário!
Obrigada por ler até aqui!