Na última segunda-feira (03/10), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou sua nova política de financiamento para o setor elétrico, dando prioridade às fontes renováveis alternativas. O BNDES determinou que aumentará a sua participação máxima no financiamento de projetos de energia solar à Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) de 70% para 80%, reduzindo a participação máxima em projetos de energia térmica a combustíveis fósseis de 70% para 50%. A participação máxima do Banco no financiamento de grandes centrais hidrelétricas à TJLP também foi reduzida de 70% para 50%. Foram mantidos os percentuais de 80% para projetos de eficiência energética e 70% para usinas eólicas, a biomassa, de cogeração e pequenas centrais hidrelétricas.
O BNDES anunciou ainda que vai subscrever até 50% do valor das debêntures a serem emitidas pela empresa tomadora do crédito. Segundo o Banco, essa proposta abre espaço para a emissão de debêntures de infraestrutura, cujos prazos de financiamento são de cerca de 10 anos.
Alavancar o financiamento de energias renováveis é uma das pautas que o CEBDS tem defendido, como exposto neste estudo do Conselho de Líderes da instituição: Financiamento à energia renovável: entraves, desafios e oportunidades.
O documento traz uma série de propostas para melhorar o acesso dos projetos de energia renovável alternativa no Brasil às diversas fontes de financiamento e foi apresentado à presidência e diretoria do BNDES em reunião com os CEO’s do Conselho de Líderes no dia 15 de agosto. A coordenadora das Câmaras Temáticas de Energia e Mudança do Clima e Finanças Sustentáveis, Lilia Caiado, destaca “Estamos dando prosseguimento a esse trabalho conjunto para desenvolver as propostas que fizemos, entre elas a emissão de títulos verdes. Além disso, no âmbito global, com o projeto Low Carbon Technology Partnership Initiative (LCTPi) , do World Business Council for Sustainable Development (WBCDS) vem trabalhando o grupo tecnológico de energias renováveis com foco em financiamento”.