O setor privado poderia cortar 60% das emissões, afirma estudo

O setor privado poderia cortar as emissões de gases de efeito estufa em até 3,7 toneladas de CO2e por ano até 2030, o equivalente a 60% dos cortes totais de emissões prometidos pelos países na COP21 em Paris. A informação é do “The Business End of Climate Change”, estudo do We Mean Business  lançado em junho desse ano na Business & Climate Summit, em Londres.

O relatório, cuja versão em inglês pode ser baixada aqui , analisou cinco iniciativas globais de combate às mudanças climáticas, lideradas pelo setor empresarial: Science Based Targets, EP100, RE100, Zero Deforestation e a Low Carbon Technology Partnership initiative (LCTPi). Este é o primeiro estudo a quantificar a contribuição que o setor privado pode dar aos cortes de emissões de gases de efeito estufa enviados para a atmosfera.

Os dados presentes no relatório representam uma espécie de contribuição do business para a ação climática – similar as Contribuições Pretendidas Nacionalmente Determinadas (National Determined Contributions– iNDC), prometidas pelos países nas negociações internacionais sobre o clima em dezembro passado.

Os cortes nas emissões do setor privado podem chegar a cerca de 10 bilhões de toneladas de carbono equivalente por ano. O We Mean Business estima que o impacto poderia ser o equivalente a mais de mil usinas de geração de energia térmica a carvão permanentemente fora de uso. Para tanto, a organização ressalta que o apoio econômico e político será fundamental para que todas as empresas possam agir e consequentemente o impacto sobre gases de efeito estufa poderia ser ainda maior.

We Mean Business

O We Mean Business é uma coalizão global formada por lideranças que estão revolucionando suas práticas de negócios, criando grandes oportunidades  face às mudanças do clima que enfrentamos nas últimas décadas. Estas lideranças reconhecem a transição para uma economia de baixo carbono como a única maneira de garantir um crescimento econômico sustentável, capaz  de levar a prosperidade para todo mundo. A campanha é protagonizada na América Latina pelo CEBDS (Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável), fruto do alinhamento mundial com o WBCSD (World Business Council for Sustainable Development) e da parceira com as maiores autoridades e instituições que advogam sobre o painel de mudança do clima.

O CEBDS tem o papel fundamental de reforçar a narrativa junto a sua cadeia de valor e de divulgar, em suas redes, as soluções e propostas fundamentais que a coalizão We Mean Business preconiza. Ao aderir a seus principais compromissos — Energia Elétrica Renovável, Fim do Desmatamento na Cadeia de Produção; Precificação de Carbono — criam-se verdadeiros diferenciais competitivos para os negócios, além de afirmar uma posição de liderança proativa em torno da mudança do clima.

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