Os Bancos estão adotando diversas medidas para ajudar nesse momento de crise. A Federação Brasileira de Bancos – Febraban informou que os maiores bancos do Brasil: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa, Itaú Unibanco e Santander, informaram a possibilidade de prorrogar as dívidas de seus clientes pessoa física e micro e pequenas empresas por 60 dias. Cada banco irá definir quais linhas de crédito poderão sofrer prorrogação.
Confira algumas ações dos bancos:
Os clientes pessoa física que já tenham operações de crédito contratadas podem renovar com carência para pagamento da primeira parcela nas linhas de crédito direto ao consumidor (CDC). O banco também aumentou o prazo para até dois meses de pagamentos do saldo devedor do cheque especial.
A adesão às novas condições pode ser feita pelos canais digitais – não é preciso ir até uma agência. Os clientes que precisarem reescalonar ou recuperar seus créditos, irão contar com renegociações sem a necessidade de pagamento de entrada e repactuação que vai de 2 a 96 meses.
As novas medidas também inclui renegociação de dívidas para pessoas e empresas, com dispensa da primeira parcela, carência de 90 dias e prazo de dois a 100 meses para o novo contrato.
O banco ampliou as linhas de crédito consignado e diminui as taxa de juros no crédito pessoal (crédito consignado a partir de 0,99% a.m., penhor a partir de 1,99% a.m. e CDC a partir de 2,17% a.m).
Para cliente pessoa física, será disponibilizado gratuitamente o cartão virtual de débito para facilitar as compras online, além de permitir a renovação do contrato de penhor diretamente no site da instituição.
Já as empresas que atuam nos setores de comércio e serviços terão linhas de créditos especiais, com até seis meses de carência. O banco reduziu em até 45% as linhas de crédito para apoio às micro e pequenas empresas. A Caixa também liberou uma linha de crédito de R$ 3 bilhões para santas casas e hospitais filantrópicos. Essas instituições prestam serviço ao SUS.
Em relação aos contratos habitacionais de pessoa física, os clientes da Caixa poderão solicitar a pausa estendida de até duas prestações pelo app Habitação CAIXA, sem a premissa de comparecimento às agências.
O Itaú irá doar R$ 150 milhões para ajudar no combate ao COVID-19. O valor virá da Fundação Itaú para Educação e Cultura e do Instituto Unibanco e será utilizado para a infraestrutura hospitalar, equipamentos médicos, cestas de alimentação e kits de higiene. O intuito é apoiar apoiar comunidades vulneráveis e ajudar no tratamento dos infectados pelo coronavírus.
“O Itaú Unibanco tem absoluta consciência da gravidade da crise decorrente do avanço da covid-19 e vem mobilizando toda a sua estrutura para apoiar clientes, colaboradores e a sociedade brasileira neste contexto desafiador”, afirmou no comunicado.
O Itaú também suspendeu, por tempo indeterminado, todas as demissões sem justa causa e antecipou o 13º salário.
O Santander ampliou em 10% o limite do cartão de crédito de todos seus clientes que estejam adimplentes. “Neste cenário de incertezas e preocupações, é fundamental zelar pela segurança de todos e dar mais tranquilidade ao cliente na gestão de suas finanças”, declara Sérgio Rial, presidente do Santander Brasil.
“O aumento do limite do cartão de crédito, por exemplo, é uma medida que permite jogar para a frente o pagamento de algumas despesas, o que pode fazer a diferença para quem já teve o orçamento afetado pelas mudanças na conjuntura econômica.”
O Santander também não começará nenhum processo de demissão no Brasil em meio à epidemia do novo coronavírus, segundo nota.
O Nubank criou um fundo de R$ 20 milhões para ajudar seus clientes durante a pandemia de coronavírus. O Hospital Sírio-Libanês, iFood, Rappi e Zee.Dog firmaram parcerias com a fintech para oferecer serviços de apoio.
O fundo “Pessoas Primeiro” irá destinar os recursos para serviços, como atendimento médico a distância, pedidos de supermercados e farmácias e de entrega. Na parceria, o Sírio-Libanês, por exemplo, está disponibilizando 1 mil atendimentos em sua plataforma de teleorientação médica para os clientes do Nubank.
“Vamos além do dinheiro. Doaremos o que temos de mais precioso: nosso tempo e energia para ouvir as pessoas e ajudá-las dentro do que for possível, para além da vida financeira. Esse é o nosso DNA. A nossa expectativa é dar suporte a dezenas de milhares de pessoas até o final de abril”, declara David Vélez, presidente executivo e fundador do Nubank.
Os R$ 55 bilhões, segundo Montezano, serão aplicados em quatro frentes para ajudar empresas em dificuldade. A medida vai beneficiar 150 mil empresas, que têm 2 milhões de funcionários.
R$ 20 bilhões serão transferidos do PIS/Pasep para o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). O BNDES também vai suspender cobrança de empréstimos por seis meses. R$ 19 bilhões vão para refinanciamento de operações diretas e R$ 11 bilhões, para indiretas. A quarta medida é a liberação de R$ 5 bilhões para ampliar a linha de crédito voltada para micro, pequenas e médias empresas com faturamento anual de até R$ 300 milhões.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, informou um pacote de R$ 1,216 trilhão, que tem como objetivo aumentar a liquidez no mercado durante a pandemia da Covid-19.
Esse montante equivalente a 16,7% do Produto Interno Bruto (PIB) e supera em quase dez vezes os R$ 117 bilhões anunciados durante crise financeira global, ocorrida entre 2008 e 2009, e que representaram 3,5% do PIB.
O novo pacote inclui medidas como a criação de um novo Depósito a Prazo com Garantia Especial (DPGE), dando acesso aos fundos de investimento com valores maiores, no valor estimado de R$ 200 bilhões.
O Banco da Amazônia suspendeu o pagamento das parcelas de financiamento de operações de crédito de fomento de pessoas físicas e jurídicas, que desejem o benefício, por até seis meses. A medida irá beneficiar 150 mil clientes do Banco. A instituição também está flexibilizando o acesso às linhas de capital de giro com taxas diferenciadas de 4,88% ao ano.
Segundo o diretor de Crédito do Banco, Roberto Batista, a decisão flexibiliza regras de empréstimos e financiamentos contratados até fevereiro de 2020. “A medida vale a partir deste mês e beneficia clientes pessoas físicas e empresas, permitindo ajustes de seus fluxos de caixa, o que contribuirá para a redução dos efeitos temporários decorrentes do COVID-19”, diz o diretor.
O BRB irá liberar R$ 1 bilhão para empréstimos de capital de giro. Os recursos vão estar disponíveis para todas as empresas, sem distinção do setor e do porte do negócio. A taxa será de 0,8% ao mês, com seis meses de carência e até 36 meses para quitar o empréstimo.
O BANDES suspendeu por 90 dias as cobranças de contratos, com vencimento a partir de abril, de empresas que atuam nos segmentos de turismo, hotelaria, bares, restaurantes e entretenimento em geral.
O BDMG criou três linhas de crédito com condições especiais para ajudar empresas de todos os portes do setor de saúde de Minas Gerais. Serão disponibilizados recursos para capital de giro e investimentos para compra de matéria-prima de produtos de alta demanda, como máscaras e lenços, além da contratação de mão de obra temporária, etc.
O BNB divulgou a possibilidade de prorrogação de empréstimos e financiamentos por até seis meses. Esa medida é direcionada principalmente as micro e pequenas empresas. Para as empresas que necessitam de novos recursos, o banco oferece crédito para capital de giro, com recursos internos, com até seis meses de carência para o início do pagamento das novas operações.
O Banrisul irá conceder carência de até dois meses no pagamento de dívidas das empresas junto ao banco. A instituição também irá oferecer aos empreendedores que já tiverem alcançado o limite de endividamento em relação ao Banco, ampliá-lo em até 10%.
Serão definidos a disponibilização de R$ 3 bilhões pré-aprovados para pessoas jurídicas que estejam no limite da capacidade de crédito e o prolongamento em até três anos no prazo para pagamento de parcelas referentes a empréstimos para o custeio da safra, no caso dos produtores rurais. Já para os clientes pessoa física, as iniciativas incluem ampliação de crédito totalizando R$ 11 bilhões e aumento automático de 10% no limite do Banricompras.
“Não estamos falando em economia para salvar CNPJ, empresas, mas no que toca na vida das pessoas, dos funcionários, empregados, daqueles que vão ter a vida atingida. Parar tudo vai impactar na vida de muita gente e vai afetar empregos”, diz o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite.
O Desenvolve SP com objetivo de auxiliar as empresas do estado de SP em meio a pandemia, remodelou as linhas de crédito. Com as mudanças, o micro, pequeno e médio empresário pode contar com capital de giro com taxa de juro reduzida e maiores prazos de pagamento e carência. Serão disponibilizados R$ 200 milhões para capital de giro. A instituição também aumentou o prazo de financiamento de 36 para 42 meses.