Oficina para jornalistas


A assessora técnica do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), Lilia Caiado, participou nesta segunda-feira, dia 23 de novembro, da oficina para jornalistas “COP 21: Modo de usar”, na sede da O Centro de Estudos em Sustentabilidade (GVces) da Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas (FGV-EAESP).

Lilia falou sobre a perspectiva empresarial na COP 21, destacando que as empresas têm um papel muito importante porque são elas que irão implementar as medidas de enfrentamento às mudanças do clima, tanto pelo lado da mitigação quanto pelo lado da adaptação. Segundo ela, serão discutidos na COP intrumentos econômicos e financeiros para viabilizar essas medidas. “A participação das empresas é chave para o sucesso da transição para uma economia de baixo carbono”, disse Lilia.

O We Mean Business foi citado por Lilia como uma das iniciativas empresariais para catalisar ações ambiciosas para conter as mudanças climáticas e promover políticas inteligentes. A iniciativa já conta com mais de 270 empresas signatárias, com receitas de US$ 5,8 trilhões. Lilia também falou sobre da iniciativa de Parcerias para Tecnologias de Baixo Carbono (LCTPi, na sigla em inglês), plataforma global para promover o trabalho em conjunto das empresas no combate às mudanças climáticas, lançada pelo WBCSD e trazida para o Brasil pelo CEBDS.

Oficina com jornalistas reuniu cerca de 60 pessoas

O evento reuniu cerca de 60 participantes, entre os quais jornalistas veteranos de cobertura ambiental, especialistas em negociação e representantes dos governos do Brasil e da França. O objetivo foi apresentar informações práticas e dicas para orientar a cobertura da COP21, tanto para quem vai a Paris quanto para quem acompanhará a conferência remotamente.

A oficina ocorreu em duas etapas. A primeira foi organizada pelo Observatório do Clima e pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), com apoio do Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (Unic-Rio) e da Embaixada da França. A segunda, pelo CEBDS, com apoio do We Mean Business, e da GVces, focou na cobertura de iniciativas empresariais na COP 21 COP21.

Iniciativas empresariais entre os destaques da COP21

Em sua fala, o secretário-executivo do Observatório do Clima, Carlos Rittil, disse que mais de 160 países apresentaram suas contribuições voluntárias (INDCs, na sigla em inglês) às Nações Unidas, o que confere uma força sem precedentes à COP21, apesar de estudo da ONU já ter apontado que o conjunto de metas não é suficiente para impedir que o aumento da temperatura do planeta seja de até 2° C neste século.

Segundo Rittil, há mobilizações em todo o mundo para pressionar a favor de resultados ambiciosos na COP 21, incluindo atores sociais como lideranças religiosas – destacou o papa Francisco –, sindicalistas e setor privado. Citou o CEBDS como integrante de importantes coalizões empresariais focadas em mostrar que o que é bom para o planeta pode ser bom para a economia.