CEBDS e entidades em favor do desenvolvimento sustentável debatem Amazônia na Climate Week


“Já existe, dentro do setor corporativo, a certeza de que a preservação e produção precisam caminhar juntos”, destacou Marina Grossi, presidente do CEBDS, durante painel que debateu os desafios e oportunidades gerados pela região amazônica nas discussões climáticas. O evento foi realizado durante a Climate Week NYC 2022, em Nova York, na segunda-feira (20).

O bate-papo foi promovido pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), em parceria com a re.green, a Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura e a iniciativa Uma Concertação pela Amazônia. A programação é parte da Climate Week, evento que acontece todos os anos junto com a Assembleia Geral da ONU para mostrar a evolução da ação climática global.

Para Marina, os brasileiros e os governantes estão vendo o bioma da Amazônia de uma maneira diferente, enxergando o tamanho do potencial da região e todas as suas complexidades. A presidente do CEBDS ainda relatou como foi a experiência de levar uma comitiva de CEOs para uma imersão na região, onde foi possível ver de perto quais os desafios das comunidades locais. “Você precisa escutar, se você vai à Amazônia você está ali para ouvir”, afirma.

A importância da floresta preservada para a economia também é defendida por Bernardo Strassburg, co-CEO da re.green. “Um estudo do Instituto Internacional da Sustentabilidade revela que 10% da área degradada da Amazônia poderia sequestrar mais de 1 bilhão de toneladas de CO2 e isso são R$ 132 bilhões em receita”, diz.

O debate foi mediado pelo CEO da CBKK, Marcello Brito, que ressaltou a importância de “amazonizar” as pessoas e trazer cada vez mais informações sobre a região para a sociedade.

Para Bernardo Waack, cofundador da iniciativa Uma Concertação pela Amazônia, outra questão que precisa ser encarada com mais rigor é a fiscalização e o combate ao desflorestamento ilegal. “O que vivemos hoje é uma falha completa do comando e controle como estratégia estrutural. Sem comando e controle, sem aplicação da lei, pouquíssimo podemos fazer contra o desflorestamento”, pontua.

Rachel Biderman, cofacilitadora da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, aproveitou para fazer uma recomendação. “A Amazônia não tem tempo pra executar a burocracia para projetos simples, é preciso prestar atenção no que acontece no campo.  Nós encontramos várias situações nas comunidades onde eles dizem que se você demandar tanta governança para usar o dinheiro, você não quer preservar a floresta, você não quer ver resultado”, relata.

Para assistir ao debate completo, basta clicar aqui.