O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, afirmou, durante um diálogo entre representantes do governo e da sociedade civil, na COP 25, que não aceitará retrocesso na política ambiental brasileira. “O parlamento brasileiro assumiu um compromisso e eu cumprirei a palavra do Congresso. Não aceitaremos retrocesso na política ambiental. Temos lutado pelo pacto federativo, que objetiva descentralizar os recursos públicos e fazer com que cheguem nos estados e municípios. As responsabilidades já foram descentralizadas, queremos que os recursos também sejam”.
Alcolumbre defendeu a valoração de ativos ambientais florestais como forma de auxiliar na preservação. “Precisamos precificar o valor da floresta em pé. Índia, Brasil e África do Sul estão lutando pelo estabelecimento de compensações como uma resposta ao Artigo 6 do Acordo de Paris (que prevê a criação de mercado de carbono). Quando conseguirmos precificar, conseguiremos apontar os melhores caminhos para as compensações”.
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, apontou a bioeconomia como um dos caminhos para gerar valor agregado a floresta brasileira, para elevar o padrão de vida das pessoas, das comunidades locais e para conciliar preservação e economia. “Estamos na COP em busca de monetizar nossos recursos ambientais para prover o pagamento dos serviços ambientais. Encontramos uma fórmula, dentro do Artigo 6, na qual os maiores emissores se responsabilizam pelas suas emissões e fornecem recursos para manutenção e conservação da floresta em pé”, afirmou.
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