O movimento Viva Água (MVA) promove segurança hídrica e adaptação às mudanças climáticas a partir de ações de conservação e recuperação de ecossistemas naturais, além do incentivo ao empreendedorismo com impactos sociais e ambientais positivos. Idealizado pela Fundação Grupo Boticário, o modelo envolve múltiplos atores, com a oportunidade de ser replicado em qualquer bacia hidrográfica do país.
Foi iniciado em 2019 na Bacia do Rio Miringuava, um dos mananciais de abastecimento mais estratégicos da Grande Curitiba. Localizada em São José dos Pinhais (PR), ela abastece 600 mil pessoas. A partir da barragem em construção, a bacia abastecerá quase toda a população e empresas do município, e ampliará o excedente que já é gerado hoje para cidades vizinhas.
Desenhado para 10 anos, o MVA Miringuava tem como metas até 2030:
• Conservar 1,5 mil hectares de áreas naturais mediante mecanismos financeiros
• Recuperar 650 hectares de áreas estratégicas para a disponibilidade hídrica
• Apoiar 30 negócios de impacto socioambiental positivo
• Converter 500 hectares para produção sustentável
Em 2021 foi criado o MVA para a Região Hidrográfica da Baía de Guanabara – fruto do sucesso da iniciativa Oásis Lab, que, em 2019, reuniu mais de 100 atores estratégicos do território para cocriar Soluções Baseadas na Natureza (SbN) para segurança hídrica e resiliência costeiro marinha. Trata-se de uma região formada por 17 municípios com mais de 7 milhões de pessoas. As atividades econômicas e industriais são de grandes proporções e as condições socioambientais do entorno são muito desafiadoras.
Para o MVA Guanabara foram estabelecidas as seguintes metas até 2024:
• Consolidar um movimento multissetorial para ações de SbN na região
• Criar e fortalecer um ecossistema de negócios em conservação na região
• Acelerar 60 negócios de impacto socioambiental positivo
• Implementar um mecanismo financeiro, alavancando recursos de outras organizações
• Impulsionar ao menos 20 iniciativas de conservação da biodiversidade no território