Case Aquapolo
O Aquapolo é o maior empreendimento para a produção de água de reúso industrial na América do Sul, e quinto maior do planeta. Resultado de parceria entre a BRK Ambiental e a SABESP (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), fornece por contrato 650 litros/segundo de água de reúso para o Polo Petroquímico da Região do ABC Paulista. Isso equivale ao abastecimento de uma cidade de 500 mil habitantes, como Santos, por exemplo.
Projeto moderno e sustentável, o Aquapolo está apto a produzir 1.000 litros/segundo de água de reúso, utilizando os mais avançados e complexos processos tecnológicos existentes. A cada litro de água produzida em suas instalações, outro litro de água potável é economizado.
Altamente mecanizado, o trabalho desenvolvido pelo Aquapolo começa ainda nas Estações Elevatórias da Sabesp que bombeiam o esgoto até a ETE do ABC. Nestes locais, foram inseridos sensores que determinam o nível de toxidade da carga que chegará à ETE no curto prazo. Após o processo de tratamento, a vazão que seria destinada ao Córrego dos Meninos (curso d’água para onde é enviada a água após o tratamento na ETE) seria de 2.000 litros/Segundo. O Aquapolo, no entanto, desvia 650 litros/segundo para a sua operação.
Os parâmetros e qualidade da água que devem ser alcançados ao final de todo o processo foram determinadas pelo próprio Polo Petroquímico, que a utiliza para limpar torres de resfriamento e caldeiras, principalmente.Para condução e distribuição da água produzida, foi construída uma adutora de 17km, que sai de São Paulo e passa pelos municípios de São Caetano do Sul e Santo André, até chegar a uma torre de distribuição em Capuava, Mauá, onde está o Polo. A partir dela, uma rede de distribuição de 3,6 km entrega a água para cada um dos clientes. A adutora foi projetada para permitir derivações, viabilizando o atendimento de possíveis clientes presentes ao longo de seu percurso.
NEREDA: Case de eficiência operacional
A BRK Ambiental é a pioneira no Brasil na utilização da tecnologia NEREDA™. Desenvolvido na Holanda, o sistema com biomassa granular aeróbia oferece uma série de vantagens em comparação com os métodos mais tradicionais adotados no setor, sobretudo por dispensar o uso de produtos químicos no processo de tratamento do esgoto.
Além disso, o NEREDA também reduz os custos de operação e manutenção, consumindo menos energia e espaço físico no decorrer de sua implantação. A tecnologia consiste no uso de um reator sequencial, que é capaz de realizar em apenas um tanque processos unitários como a entrada de esgoto, a aeração e a decantação. Isso é possível porque a tecnologia adotada cria um lodo granular, que é bem diferente do material floculento obtido nos processos mais convencionais tal como os lodos ativados. O NEREDA reduz consideravelmente os custos de investimento (CAPEX) e de operação (OPEX) na implantação das estações de tratamento de esgoto.
A tecnologia utiliza áreas até 25% menores no projeto e dispensa a construção, em separado, de decantadores primários e secundários, câmaras anóxica e aeróbica, entre outras vantagens. Os custos operacionais também são menores, pois o consumo de energia chega a ser até 50% mais baixo e não há uso de produtos químicos no processo.
Atualmente, o NEREDA já está em uso nas cidades do Rio de Janeiro (RJ) e Rio Claro (SP). No Rio de Janeiro, a concessionária Zona Oeste Mais Saneamento, formada pelas empresas BRK Ambiental e Grupo Águas do Brasil, inaugurou em 2016 a ETE Deodoro (Estação de Tratamento de Esgoto) para cuidar do efluentes de 22 bairros da região.
Com capacidade de atendimento a 430 mil pessoas, a estação, localizada no bairro de Deodoro, é a maior dentro da concessão de saneamento da Área de Planejamento 5 (AP5) e utiliza como sistema de tratamento a tecnologia NEREDA. Sob capacidade plena de trabalho, 65 milhões de litros de esgoto deixam de ser despejados diariamente na Baía de Guanabara – equivalente ao esgoto coletado e tratado na cidade de Niterói.
Em Rio Claro, a BRK Ambiental inaugurou no ano passado a ETE Jardim Novo. Construída em uma área de mais de 50 mil metros, a ETE Jardim Novo recebe o esgoto de uma região de 65 mil pessoas e tem capacidade para tratar até 272 litros de esgoto por segundo.
Com alto nível de automação e monitoramento em tempo integral, a ETE Jardim Novo já recebeu e tratou 6,6 bilhões de litros de esgoto, desde que entrou em operação. Isso significa o mesmo volume de 2.640 piscinas olímpicas ou de mais de 13 milhões de caixas d´água residenciais de 500 litros. A operação da ETE já permitiu recuperar e despoluir um dos mananciais que cortam a cidade, o Córrego da Servidão.
Outras unidades da BRK Ambiental estão em fase de projeto e construção no País, nas cidades Sumaré (SP) e Araguaína (TO). A parceria com a empresa holandesa Royal HaskoningDHV também prevê a transferência de tecnologia para a utilização do sistema pela BRK Ambiental no Brasil.
Atualmente, a tecnologia NEREDA já está presente em 10 Estações de Tratamento de Esgoto localizadas na Holanda, Portugal e África do Sul. Paralelamente, além do Brasil, plantas com a tecnologia NEREDA estão sendo desenvolvidas na Austrália, Reino Unido, Polônia, França, Alemanha, além de novas estações em Portugal e na África do Sul.