A Low Carbon Technology Partnerships Initiative (LCTPi) é uma iniciativa conjunta do World Business Council for Sustainable Development (WBCSD), da Agência Internacional de Energia e da Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável (SDSN), para incentivar as empresas e os governos a acelerarem o desenvolvimento de tecnologias de baixo carbono. O objetivo é catalisar ações e ampliar a implantação de soluções de negócios, a um nível e velocidade que são consistentes com o objetivo de limitar o aquecimento global a menos de 2°C em comparação com os níveis pré-industriais.
No Brasil, ‘Parcerias para Tecnologias de Baixo Carbono’ (LCTPi em inglês) é coordenada pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), com o apoio dos parceiros internacionais.
Abordagem
Para acelerar o desenvolvimento de tecnologias de baixo carbono, é necessário envolver empresas e governos em um diálogo sobre a melhor maneira de conduzir a mudança tecnológica. Com um entendimento comum sobre oportunidades e desafios, os parceiros podem desenvolver planos de ação com marcos e indicadores claros.
O LCTPi atua como uma plataforma, reunindo todos os principais interessados – associações empresariais, empresas individuais, governos, organizações internacionais, especialistas e academia, investidores públicos e privados – para um diálogo e um acordo sobre as medidas concretas necessárias para acelerar
inovações tecnológicas de baixo carbono, dar escala e difundir soluções.
Quais tecnologias estão incluídas na Iniciativa?
O LCTPi engloba áreas com um potencial significativo para reduzir as emissões de GEE que necessitem de um esforço internacional organizado para unir os setores público e privado. A fim de ser capaz de chegar a Paris com resultados concretos, decidiu-se restringi-las a um número significativo, mas limitado, de áreas prioritárias de tecnologia para a fase inicial desta iniciativa. No Brasil, estão incluídas:
Público da Iniciativa:
Empresas: o LCTPi no Brasil será aberto à participação de empresas, membros ou não do CEBDS, a fim
de enriquecer as discussões e permitir uma ampla troca de ideias.
Governo e outros parceiros: Parceiros governamentais, instituições financeiras, organismos e entidades multilaterais são cruciais para contribuírem na construção dos planos de ação.
Outros especialistas: Outros indivíduos ou organizações dispondo de competência especial, experiência ou conhecimento para compartilhar são convidados a participar dos grupos de trabalho.
LCTPi é uma das iniciativas emblemáticas da Agenda de Ação Lima-Paris para a COP 21, coordenada
pela Presidência francesa da COP 21, a Presidência peruana da COP 20, o escritório do Secretário
Geral da ONU, e da Secretaria Executiva da UNFCCC. O governo francês irá fornecer liderança política e
apoio à iniciativa e garantir que a iniciativa se encaixe no quadro global da Agenda de Ação de Lima-Paris,
contribuindo para o sucesso da COP 21.
LCTPi pode viabilizar 65% das metas do novo acordo global de clima
De acordo com a PwC, as soluções de negócios propostas no âmbito da iniciativa de Parcerias para Tecnologias de Baixo Carbono (LCTPi, na sigla em inglês) podem viabilizar a concretização de 65% das metas de redução das emissões de gases de efeito estufa necessárias para limitar o aumento da temperatura global abaixo dos 2°C neste século. Entre os principais pontos do estudo está a estimativa de que as propostas do LCTPi poderão canalizar US$ 5 a US$ 10 trilhões em investimentos para os setores de baixo carbono e gerar de 20 a 45 mil postos de trabalho por ano. Acesse o estudo, somente na versão em inglês, na íntegra aqui.
Relatório LCTPi 2016
O World Business Council for Sustainable Development (WBCSD) divulgou em novembro de 2016, o primeiro relatório anual da iniciativa, em inglês, acompanhando o progresso dos oito atuais grupos de trabalho do LCTPi no seu primeiro ano de implementação. Ao relatar o progresso da iniciativa, as empresas também podem ajudar os governos com os compromissos climáticos. O CEBDS e WBCSD esperam que relatório inspire os governos a reverem e atualizarem seus planos climáticos nacionais, para aumentar sua ambição, além de aproveitar ao máximo as oportunidades para seguirmos rumo à economia de baixo carbono.