O WWF Internacional pesquisou, entre 29 países, quais os que mais desmataram florestas e outros ecossistemas entre 2000 e 2018. O Brasil apareceu como um dos principais destruidores, com Amazônia e Cerrado no topo da lista de biomas mais danificados. O resultado acende um alerta: o país pode ser um local de origem de novas zoonoses e doenças similares à Covid-19. A pesquisa, intitulada “Frentes de desmatamento: vetores e respostas em um mundo em evolução”, foi divulgada na quarta-feira e realizada na América Latina, na África Subsaariana, no Sudeste Asiático e na Oceania.
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Segundo os especialistas, com o desmatamento, o equilíbrio entre o homem e a fauna fica alterado e abre caminho para o surgimento de doenças zoonóticas (aquelas que passam de animais para humanos), como é o caso da Covid-19, do Ebola, entre outras.
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Não há nada a se comemorar com os resultados apresentados: pelo menos dois terços da perda de cobertura florestal global nestes oito anos ocorreram nessas regiões tropicais e subtropicais. São 43 milhões de hectares devastados, equivalente praticamente à área do Marrocos.