Empresas, instituições, ONGs ou pessoas físicas totalmente comprometidas com o desenvolvimento sustentável não podem ficar de fora do tradicional Congresso Mundial para Conservação, que acontecerá entre os dias 1 e 10 de setembro de 2016, no Havaí, Estados Unidos. Organizado pela União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN), este será o maior encontro de formuladores de políticas ambientais desde o acordo climático de Paris e da adoção da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.
Realizado a cada quatro anos, o congresso reunirá cerca de 8.000 líderes mundiais e representantes de governos, comunidade científica, universidades, ONGs, povos indígenas e tradicionais, empresas e conservacionistas de todo o mundo. O objetivo é unir esforços e promover questões fundamentais e mais urgentes sobre os desafios de sustentabilidade, além de alternativas viáveis para a conservação da natureza definindo uma agenda de propostas e ações até 2020.
O Congresso abordará temas como áreas protegidas, capital natural, compensações de biodiversidade, governança dos oceanos, expansão da produção do óleo de palmeira e ecoturismo. Além da agenda geral do evento, o World Business Council for Sustainable Development (WBCSD), em parceria com a IUCN, está desenvolvendo uma agenda para negócios — em forma de workshops, cafés e debates — e que tratará de temas como o Protocolo de Capital Natural e suas aplicações, soluções de infraestrutura natural para negócios, inserção de relatoria de biodiversidade no contexto dos negócios, entendendo um mundo de desmatamento zero, dentre outros.
Um dos resultados esperados do congresso é a formulação de uma política sobre o capital natural e as ações que compensem as perdas de biodiversidade causadas por projetos de desenvolvimento. Também espera-se avançar com a agenda de governança dos oceanos – iniciativa que visa apoiar a Agenda Global para o Desenvolvimento Sustentável – que exige a vinculação de instrumentos jurídicos para a conservação da diversidade biológica marinha em alto mar.
Os congressos da IUCN foram pioneiros e abrem caminhos importantíssimos para a conservação da natureza desde 1948. Por exemplo, já em 1960, foi o primeiro evento a chamar a atenção do mundo para as preocupantes questões envolvendo mudança climática. Os movimentos e as deliberações resultantes desses congressos têm sido fundamentais para o desenvolvimento de tratados que foram um marco para todo o globo, como a Convenção para a Proteção do Patrimônio Mundial, Cultural e Natural, da UNESCO; a Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção (CITES); e a Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB).
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