CEBDS e Votorantim Cimentos fazem live sobre metas para os próximos 10 anos

Data: 26/11/2020
Autor:


A Votorantim Cimentos, associada do CEBDS, renovou seus Compromissos de Sustentabilidade, com metas específicas para os próximos dez anos. Uma das principais é reduzir de 591kg para 520kg a emissão de gás carbônico por tonelada de cimento até 2030.  Entre 1990 e 2019, a empresa já diminuiu  em 23% a sua emissão de CO2 por tonelada de cimento, volume que passou de 763 kg para 591 kg. Para 2050, a companhia compromete-se a desenvolver e implementar tecnologias que permitam entregar para a sociedade um concreto com emissão de carbono neutro..

Desafio grande levando-se em conta que a tendência mundial é de uma crescente demanda por infraestrutura, com expectativa de que a população mundial que vive em áreas urbanas passe de 55% para 70% em 30 anos segundo a ONU. Para falar desta meta e de outros compromissos para 2030, o CEBDS e a Votorantim Cimentos organizaram uma life para esta sexta-feira, dia 27/11, às 14h, nos instagrans das empresas. Inscreva-se aqui.

O concreto é o segundo material mais consumido no mundo, depois da água. Em setembro deste ano, uma frente que fortalece a meta de concreto carbono neutro foi lançada no mundo todo pela Ambição Climática de Concreto de Carbono Neutro 2050, da Associação Global de Cimento e Concreto (GCCA), entidade da qual a Votorantim Cimentos é signatária.

“Nossos Compromissos em Sustentabilidade para 2030 estão alinhados com as melhores práticas ambientais, sociais e de governança, conhecidas como ESG e convergem com nosso comprometimento com a agenda de Mudanças Climáticas. Nossa visão de futuro é baseada no conceito de solidez flexível. Somos sólidos para entregar o que propomos com excelência, ética, segurança e atuação global. Ao mesmo tempo, somos flexíveis para nos adaptarmos às novas necessidades da sociedade, utilizando as tendências e evoluções tecnológicas para aproveitar melhor os recursos, evoluir os processos e impactar positivamente a vida das pessoas”, afirma o diretor Global de Sustentabilidade e Relações Institucionais da Votorantim Cimentos, Álvaro Lorenz.

Os compromissos são divididos em sete pilares: ética e integridade; saúde, segurança e bem-estar; diversidade e inclusão; inovação, pegada ambiental; economia circular e valor compartilhado. Dentro de diversidade e inclusão, a meta é atingir pelo menos 25% de mulheres em posições de liderança e alcançar pelo menos 90% de favorabilidade em pesquisa de diversidade e inclusão com empregadas e empregados. Sobre valor compartilhado, um dado que chamou a atenção é a meta de ter  20% dos empregados engajados em iniciativas de voluntariado e 60% de fornecimento local, promoção de compras locais respeitando as especificidades e definições de cada região em que a VC está presente.

Um exemplo de economia circular na Amazônia

A Votorantim Cimentos fez a diferença na Amazônia com o aproveitamento do caroço do açaí, palmeira típica da região. Cerca de 80% do açaí em massa são somente caroço, que acabava sendo descartado ao longo da cadeia produtiva. Os números são imensos: 800 mil toneladas do caroço da fruta gerados no estado do Pará sem descarte correto, gerando um enorme passivo ambiental. 

Após muita pesquisa e testes, a área de AFR (Alternative Fuel and Raw-Material) da Votorantim Cimentos desenvolveu um novo processo para substituir o coque, combustível derivado do petróleo, pelo caroço do açaí.

Em 2019, a fábrica da empresa, Primavera, processou 70 mil toneladas do caroço de açaí, deixando de consumir 30 mil toneladas de coque no ano. Esses volumes levaram à redução da emissão de 75 mil toneladas/ano de CO2 (emissão direta). Além disso, mais de 150 mil toneladas/ano de CO2eq  (dióxido de carbono) foram evitadas como consequência da mudança do destino final do caroço, que em outro ambiente emitiria metano no seu processo de decomposição.

O processo de coprocessamento trouxe uma série de benefícios sociais, econômicos e ambientais, como a redução da emissão de CO2, a inclusão e a geração de emprego e renda para as comunidades locais do estado do Pará. Só a Região Metropolitana de Belém produz, diariamente, uma média de 2 mil toneladas de caroço, que antes seriam encaminhados a aterros sanitários e lixões, e agora geram renda para as comunidades locais e economia para a Votorantim Cimentos.