A presidente do CEBDS, Marina Grossi, defendeu no evento “Contexto do Artigo 6: Estado das negociações e expectativas da COP25” o posicionamento do setor empresarial brasileiro para a criação de mecanismos de precificação no país. O evento, promovido pela International Emissions Trading Association (IETA), reuniu organizações, academia e empresas, como Shell, EDF, Duke University e IEA.
Construído em workshop promovido pelo CEBDS e IETA durante a Semana Latino-americana e Caribenha sobre Mudanças Climáticas, realizada em agosto em Salvador, o posicionamento sobre o Artigo 6 contém oito princípios norteadores para a criação de mecanismos financeiros de negociação de carbono. Entre os pontos, o estabelecimento de regras claras e objetivas que não criem custos de transação desnecessários, fomento a aceitação e a demanda pelos créditos de redução gerados pelo país e o atendimento às recomendações de mensuração e disclosure do TCFD.
“O setor empresarial deseja que o Artigo 6 promova e facilite as vantagens competitivas das opções de mitigação que o país pode oferecer e, como resultado, aumente a eficiência da economia como um todo. Para esse fim, o setor privado deve ser incentivado a oferecer créditos de carbono com critérios que atraiam a demanda e, portanto, ser suficientemente valorizados para viabilizar essas oportunidades”, reforçou Marina.