O CEBDS, em parceria com a Apex, reuniu empresas e governo para debater “O Caminho para o Desenvolvimento de Baixo Carbono” na manhã desta sexta-feira na COP23, em Bonn, Alemanha. O evento ainda marcou o lançamento da publicação Green Bonds – Ecosystem, Issuance, Process and Regional Perspectives.


“O setor empresarial veio mostrar nesse side event como está se posicionando e o que já está fazendo, com tecnologias que realmente reduzam as emissões de gases de efeito estufa (GEE). Nossas empresas, nos diversos setores, mostram que nós somos benchmark, não só no Brasil, mas no mundo todo”, disse a presidente do CEBDS, Marina Grossi.
Marina destacou o trabalho que o CEBDS vem fazendo nos temas de precificação de carbono, Títulos Verdes e implementação das metas assumidas pelo Brasil assumiu no Acordo de Paris.
Em seguida, o embaixador José Antonio Marcondes de Carvalho, negociador-chefe da delegação brasileira na Conferência do Clima, elogiou o papel do CEBDS na construção da agenda 2002-2030 e abordou os esforços que o Brasil vem fazendo para tirar seus compromissos do papel. Confira a fala na íntegra.

A coordenadora da Câmara Temática de Energia e Mudança do Clima do CEBDS, Laura Albuquerque, apresentou a avaliação sobre como a contribuição apresentada pelo Brasil ao Acordo de Paris poderá reestruturar o sistema produtivo no país, com ênfase em cinco setores: energia, transportes, agropecuária, florestas e indústria. Essa avaliação foi sintetizada na publicação Oportunidade e Desafios das metas da NDC Brasileira para o Setor Empresarial.
O representante da agência de cooperação alemã, GIZ, Alexander Linke, abordou a importância dos Títulos Verdes e lançou a publicação Green Bonds – Ecosystem, Issuance, Process and Regional Perspectives, fruto de um projeto global da GIZ e do banco sueco SEB, do qual o CEBDS é parceiro no Brasil. O estudo apresenta o panorama dos Títulos Verdes no contexto brasileiro, abordando o ecossistema em que esse mercado vem se desenvolvendo, os principais atores envolvidos, o processo de emissão e os desafios para ampliar esta debenture no país.
Na sequência, Jorge Soto, da Braskem; David Canassa, da Votorantim; e Juliana Ribeiro, Grupo Boticário, apresentaram os cases de suas respectivas empresas em mitigação e adaptação às mudanças climáticas.

Já Gabriela Burian, do World Business Council For Sustainable Development (WBCSD), apresentou o Climate Smart Agriculture e seus impactos positivos para as metas de redução de GEE brasileiras. O projeto será lançado no Brasil, pelo CEBDS, em 29 de novembro.
Nicolette Bartlett, do CDP, encerrou as apresentações falando de precificação de carbono interna e seu papel como elemento na transição para a economia de baixo carbono.