“O papel da sociedade civil, em particular do setor privado, é fundamental porque estamos na época da ação, da implementação de medidas”, defende a economista Marina Grossi, presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS). A proximidade com o início da COP26, torna ainda mais urgente as discussões sobre a crise climática.
A conferência de 2021 em Glasgow, na Escócia, é a mais importante e esperada desde o Protocolo de Kyoto e o Acordo de Paris. Um painel virtual pré conferência apresentou, nesta quarta-feira (20), a estratégia de trabalho do CEBDS para a COP, a prévia do Estudo de Neutralidade Climática e Sumário Executivo de TCFD, além de lançar o Guia do CEO para a COP26.
O CEBDS, como plataforma empresarial para discutir sustentabilidade, se associou a 14 instituições do setor privado e recebeu 115 assinaturas de CEOs para juntos somar esforços, mostrar ambição na busca de soluções e alcançar o netzero até 2050. “É o que apresentamos para o presidente da COP, quando esteve no Brasil, e é o que estamos apresentando para os ministros para seguir com a interlocução”, revelou Grossi.
O Brasil é apontado como país com maior potencial de contribuição para a redução de emissões e é essa competência que o conselho empresarial quer apresentar durante a COP26. Entre temas de negociação debatidos na conferência estão: o Artigo 6, que permite o futuro mercado de carbono; a questão da neutralidade climática e o que as empresas estão fazendo; as soluções baseadas na natureza e o TCFD (Task Force on Climate-Related Financial Disclosures), iniciativa para implementar recomendações para a divulgação e análise de riscos e oportunidades relacionados às questões climáticas.
Participaram também do painel o Caroline Prolo representando o Laclima; Lauro Marins da Resultante; e Dulce Benke pela Proactiva; que falaram das perspectivas climáticas. Para representar o setor empresarial Marcelo Pasquini, do Bradesco, e Sarita Severien, da Suzano, apresentaram iniciativas em execução. O debate foi moderado por Natália Renteira, gerente técnica do CEBDS.
Assista ao painel completo aqui.