O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) publicou na última terça-feira um estudo preocupante: nove em cada dez pessoas são consideradas preconceituosas contra as mulheres. Quase 90% das pessoas são tendenciosas contra as mulheres, segundo o primeiro índice de normal social de gênero, que analisou dados de 75 países que abrigam 80% da população global.
Apesar do avanço em termos de equidade de gênero, como aumento de mulheres no mercado de trabalho e em cargos de liderança, da maior presença de mulheres nas universidades do país, 91% dos homens e 86% das mulheres mantêm pelo menos um viés contra as mulheres em relação à política, economia, educação, violência ou direitos reprodutivos.
Quase metade das pessoas sente que homens são líderes políticos superiores e mais de 40% acredita que os homens são melhores executivos de negócios. No ramo dos negócios, apesar de vivenciarmos o aumento no número de mulheres CEOs, amargamos ainda a baixa presença de mulheres em conselhos fiscais e de administração. Segundo levantamento sobre igualdade de gênero elaborado pela Ipsos, 27% (quase um terço) dos brasileiros se sentem desconfortáveis quando a chefe é uma mulher.
O levantamento da PNUD aponta ainda que quase um terço dos homens e mulheres acham aceitável que um homem bata na esposa. Um dado chocante que infelizmente é “confirmado” em dado publicado hoje pelo G1, que constatou aumento de 7,3% nos casos de feminicídio em 2019 em comparação com 2018. Uma mulher morta a cada 7 horas apenas por ser mulher.
No Dia Internacional da Mulher, que possam mudar essa realidade.
