Em um ano de grandes fatos na agenda global da sustentabilidade – apresentação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, a possível assinatura de um novo acordo global para o clima, o Fórum Mundial da Água precedendo o encontro brasileiro em 2018 – o CEBDS, como parte da rede internacional do WBCSD, vai trabalhar junto com suas associadas em 2015 à agenda de sustentabilidade global e nacional.
“O intuito é mostrar, no país e nos fóruns globais, que as grandes empresas brasileiras com visão de futuro estão comprometidas em defender a ampliação da escala de ações sustentáveis que entendemos serem capazes de promover a transformação, aliando negócios e sociedade”, afirma Marina Grossi, presidente do CEBDS.
Boa parte dos projetos que integram o CEBDS 2015: Da Visão 2050 à Ação 2020 é desenvolvida e executada em parceria com as empresas associadas por meio das Câmaras Temáticas. Outra parte é inspirada nos projetos globais da rede, como o Ação 2020 que será o norteador das ações do CEBDS nos próximos cinco anos.
A plataforma do Ação 2020, lançada no último ano, vai proporcionar a troca entre as empresas para a construção conjunta de soluções de negócios, nacional e internacionalmente. O desafio do CEBDS e das nossas associadas será de construir e/ou identificar soluções de negócios e os fatores viabilizadores capazes de contribuir para o alcance dos objetivos da sociedade.
Antecipando as discussões
Em 2015 realizaremos a sétima edição do Congresso Internacional Sustentável, assim como em outras edições vai antecipar as discussões de duas grandes agendas globais: o anúncio dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) pela ONU, em setembro e o resultado da Conferência das Partes da ONU de Mudança do Clima, a COP XXI, de Paris, em dezembro.
Sustentabilidade na prática
Dentre as capacitações oferecidas pelo CEBDS para o próximo ano teremos ações direcionadas para diferentes públicos e sobre várias temáticas. A Parceria Empresarial pelos Serviços Ecossistêmicos (PESE) vai para a terceira edição (conheça a anterior) e tem como objetivo melhorar a gestão de impactos e o conhecimento sobre a dependência da empresa dos serviços ecossistêmicos. Devido ao sucesso das três últimas edições (conheça os anteriores: 3ª edição. 2ª edição, 1ª edição ), a 4ª edição da capacitação para mensuração e elaboração de inventário de emissões de gases de efeitos estufa (GEE) da cadeia de fornecedores será mais uma vez realizada.
Após o lançamento do Manual de Compras Sustentáveis, o Conselho terá este ano uma capacitação para compras sustentáveis, que visa incorporar critérios de sustentabilidade no processo de compras. Outra novidade será o treinamento para gestão de risco climático, que visa prover profissionais de conhecimento técnico para identificar, avaliar e desenvolver estratégias de respostas aos riscos climáticos específicos aos seus negócios.
Com o objetivo de tornar o conhecimento da sustentabilidade mais transversal dentro das companhias haverá a capacitação para a comunicação da sustentabilidade por departamento da empresa, para as áreas de RH, Finanças, Marketing e P&D. Dando continuidade ao que foi desenvolvido no último ano, a segunda capacitação da Rede de Avaliação do Ciclo de Vida irá aprofundar o conhecimento e trazer mais insumos sobre o uso da ferramenta de ACV. Além disso, será lançado o banco de dados da Rede ACV, uma parceria entre UNEP (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), IBICT (Instituto de Pesquisa ligado ao MCTI) e o CEBDS com o objetivo de promover a capacitação de especialistas na adaptação de Inventários de Ciclo de Vida à realidade brasileira. Como resultado desta capacitação, teremos os primeiros inventários habilitados a comporem o banco de dados nacional.
Oito novas publicações para 2015
Fornecer conteúdo e reportar os resultados do projetos realizados é uma constante no CEBDS e para 2015 serão produzidas oito novas publicações sobre diferentes temas.
A Câmara Temática de Comunicação e Educação (CTCom) iniciou um projeto de elaboração de Guias de Sustentabilidade para diferentes áreas das empresas, divididos em 10 volumes a serem publicados ao longo de 5 anos. Já foram produzidos dois deles em 2014, os guias de Finanças e Gestão de Pessoas e para o próximo ano serão produzidos mais dois, de Marketing e Pesquisa & Desenvolvimento.
Em 2015, a Câmara Temática de Mobilidade Sustentável (CTMobi) lançará um estudo de Mobilidade Corporativa com o objetivo de chamar atenção do setor empresarial sobre este tema que traz desafios constantes ao dia a dia das empresas, impactando nos custos, produtividade, qualidade de vida dos funcionários e retenção de talentos, por exemplo. Por meio da construção de cenários, o estudo buscará mostrar o impacto das soluções empresariais no transporte de funcionários na mobilidade urbana e as alternativas existentes que trazem retornos positivos para as empresas e, principalmente, para as áreas de entorno onde estão localizadas.
A Câmara Temática de Impacto Social (CTSocial), criada ainda em 2014, irá lançar para o próximo ano uma publicação para analisar o atual cenário de impacto social dos negócios para guiar a escolha por metodologias e ferramentas que possam melhorar a gestão de impactos sociais, trazendo também uma análise críticas das principais ferramentas hoje disponíveis.
O CEBDS irá trabalhar na elaboração de uma publicação de referência em relatórios para América Latina. Inspirado na recente publicação do WBCSD, um estudo sobre relatórios não financeiros de seus associados, o Reporting Matters tem o objetivo de oferecer uma série de exemplos inspiradores, estimulando o compartilhamento de melhores práticas e recomendações para que os relatórios possam ajudar as companhias a criarem valor para os seus stakeholders no curto, médio e longo prazo.
As Câmaras Temáticas de Clima, Biodiversidade e Finanças também terão publicações sobre temáticas ligadas às discussões, cases, políticas públicas que são tratados com as empresas associadas e a equipe técnica do CEBDS.
“Em 2015 teremos o desafio de ampliar o engajamento, mantendo o forte ritmo de criação e implementação de uma agenda empresarial relevante para o desenvolvimento sustentável brasileiro, relacionando as ações das empresas nos próximos cinco anos aos objetivos da sociedade para o fim da década, por meio do projeto Ação 2020”, completa Marina Grossi.