CEBDS cresce 63% em 2 anos e chega à marca de 100 empresas associadas

Avanço reflete o interesse empresarial por um novo modelo de desenvolvimento e pelas melhores práticas de mercado, como as políticas de ESG

O Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) acaba de alcançar a marca de 100 empresas associadas. O número, atingido em 24 de agosto de 2022, é resultado da relevância do Conselho, que se tornou a principal voz do setor empresarial para esses temas, e do crescente interesse do setor privado em relação a questões ESG (ambientais, sociais e de governança).

Nos últimos dois anos, o salto foi de 63%, subindo de 61 empresas, em 2020, para a simbólica marca de 100 associadas. Juntas, as empresas do CEBDS têm um faturamento que representa 47% do PIB brasileiro e geram 1,1 milhão de empregos. Fazem parte do Conselho 7 das 10 maiores empresas em receita líquida e 9 das 10 maiores empresas em lucro do Brasil. Há a presença dos principais setores da economia, como agronegócio, cosméticos, energia, finanças, florestas, logística, mineração, óleo & gás, petroquímica, saneamento, transporte e varejo.

Para o CEBDS, esse movimento reflete o interesse do empresariado pela construção de um novo modelo de desenvolvimento, que nos últimos anos tem sido associado à sigla ESG (ambiental, social e governança). Um crescimento que seja ambientalmente correto, socialmente justo e economicamente viável.

“É uma marca importante, a prova de que estamos em um momento de grande transformação. Sustentabilidade virou ‘mainstream’ e as empresas são parte da solução para um novo modelo de desenvolvimento. Precisamos repensar o crescimento econômico, e temos nesta década uma janela de oportunidade para o Brasil se tornar líder na transição para uma economia verde, capaz de gerar ganhos econômicos e sociais”, comenta Marina Grossi, presidente do CEBDS.

Para atender esses diferentes grupos e propor soluções que integrem todos os elos de suas cadeias produtivas, o conselho tem câmaras temáticas (CTs) em temas como clima e energia, biodiversidade, finanças, água e impacto social, além de grupos de trabalho (GTs) focados em advocacy, sistemas alimentares e Amazônia.

Esses grupos realizam estudos e eventos que promovem a capacitação dos associados e a troca de experiências, para que juntos pensem em soluções que beneficiem seus negócios e contribuam para a construção de uma sociedade mais sustentável e equitativa.

Além disso, as CTs e os GTs são fundamentais para a construção de compromissos e posicionamentos que reafirmam o protagonismo do empresariado frente às necessidades dos dias atuais. Com frequência, esses compromissos e posicionamentos ganham destaque na mídia e geram mudanças concretas, como foi o caso do movimento “Empresários pelo Clima”, levado para a Conferência do Clima da ONU realizada em Glasgow (COP 26), em novembro de 2021, e que contribuiu para que o Brasil se compromete com metas mais ambiciosas para redução das emissões de gases do efeito estufa.

A influência sobre políticas públicas, a propósito, é parte importante do trabalho do CEBDS, por saber que muitas transformações dependem de um ambiente com segurança jurídica.

Além de dialogar, constantemente, com os poderes Legislativo e Executivo, o CEBDS elabora, desde as eleições de 2014, documentos endereçados aos candidatos à Presidência da República, com propostas do setor empresarial para os quatro anos de mandato.

Nesse sentido, um dos avanços já conquistados foi o novo Marco Legal do Saneamento, que incentiva o investimento privado para viabilizar a universalização do saneamento básico no país até 2033. E estão ocorrendo importantes avanços na discussão sobre a criação de um mercado regulado de carbono no Brasil, uma bandeira do CEBDS desde 2016.

 

25 anos de vanguarda

Os resultados são fruto de um trabalho iniciado em 1997, quando um grupo de grandes empresas fundou o Conselho, inspirado em discussões ocorridas na Rio-92. A conferência da ONU trouxe, pela primeira vez, o reconhecimento de que organizações da sociedade civil e empresas – vistas até então como vilãs – precisavam trabalhar em conjunto. 

O CEBDS surgiu então para liderar um esforço que ajudasse a transformar boas intenções em ações práticas. A criação e consolidação do Conselho promoveu uma transformação nos negócios – tanto internamente, com a capacitação das equipes de cada companhia, quanto por meio da articulação junto aos governos e a sociedade civil, ajudando a construir políticas públicas focadas numa agenda verde.

Desde então, com a participação ativa do CEBDS e de suas associadas, a visão sobre o papel do setor empresarial passou por uma grande transformação e hoje ele é visto como parte fundamental para a promoção do desenvolvimento sustentável.

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