O Conselho de Líderes do CEBDS – formado por CEOs das empresas associadas – esteve em comitiva com o ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque nesta quarta-feira (25). Liderado pela presidente do CEBDS, Marina Grossi, o grupo foi apresentar as propostas da Agenda CEBDS por um País Sustentável, das quais mais da metade tratam direta ou indiretamente da pauta de energia.
“Abrimos a possibilidade de uma agenda em comum, a partir da composição de um fórum de CEOs e um grupo de trabalho em conjunto com o MME para acelerar a transição energética no Brasil, ampliando as fontes renováveis na matriz energética e destravando gargalos que hoje atrasam essa pauta”, afirmou Marina após o evento.
Participaram da reunião, além de Marina e da gerente técnica Laura Albuquerque, coordenadora da Câmara Temática do Clima, os CEOs da Shell, André Araújo; da Neoenergia, Solange Ribeiro; da Alcoa, Otávio Carvalheira; o VP de Sustentabilidade da Equinor, Paulo Henrique Van Der Ven; Julio Jacob, da Iguá Saneamentos; Rodolfo Sirol e Gustavo Gachineiro, ambos da CPFL. Para Laura Albuquerque, a reunião é de extrema importância na criação de uma agenda conjunta e na implementação da Agenda CEBDS.
A Agenda CEBDS propõe ações para a transição em direção a uma economia de baixo carbono, por meio de marcos legais que dialogue com a inovação tecnológica e mecanismos de financiamento, como o mercado de carbono e critérios sustentáveis para crédito. As ideias presentes no documento apontam caminhos para a modernização do modo como os brasileiros vivem e produzem, desde recursos como água e eletricidade, até serviços como transporte e crédito, passando pela busca por condições justas no mercado de trabalho.
No setor de energia, destaca-se a necessidade urgente de aumento do uso de fontes renováveis e de novas políticas de eficiência energética, que combatam o desperdício. Segundo os dados mais atuais, as fontes de energias renováveis respondem por menos da metade (43,5%) da matriz energética brasileira. Os combustíveis fósseis, que mais contribuem para as emissões de GEE, ainda representam a maior parcela.
O Brasil apresenta vantagens comparativas em relação aos demais países, devido à sua expressiva biodiversidade, mas, apesar de seu potencial, o País viu suas emissões crescerem 12,6% nos anos de 2015 e 2016, mesmo diante de uma redução do Produto Interno Bruto (PIB) de 7,4% no mesmo período.
O país vivencia uma expansão da energia renovável, em dois anos, o número de instalações de painéis de energia solar foi de 7.400 para 49 mil unidades em todo o Brasil. Os altos custos da energia elétrica e o barateamento dos equipamentos são alguns dos motivos da rápida expansão da tecnologia. Um dos projetos que demonstram essa rápida ascensão é o projeto que está sendo implantado no Cadeg, em Benfica. Mais de cinco mil placas fotovoltaicas formam o maior telhado solar da capital fluminense.
Num país de dimensões continentais como o Brasil, em que há abundância de sol e de ventos fortes e regulares, as fontes de energia renováveis são um caminho natural e desejável para o país. À medida que o tempo avança, os preços de implantação desses sistemas tendem a ficar mais competitivos, o que acaba impulsionando ainda mais essas iniciativas.
O consumo de energia vinda de fontes limpas tem demonstrado ser uma boa opção também para as empresas, por ser uma solução acessível para o comércio e a indústria, sendo a forma escolhida por muitas empresas para reduzir custos de energia e sua pegada de carbono, que é uma metodologia criada para medir as emissões de gases estufa, e também auxiliar no alcance de suas metas em sustentabilidade. Diversas companhias têm apostado em compra de energias renováveis por meio de PPAs (Power Purchase Agreements), que é um contrato de energia elétrica, similar a um contrato regular no mercado livre. por meio de contratos. O CEBDS conta com um guia, que fornece um panorama sobre o uso de PPAs corporativos de energia renovável e as oportunidades que eles apresentam para empresas no Brasil.
Conselho de Líderes
O Conselho de Líderes do CEBDS se firmou com um importante impulsionador do diálogo entre os CEO das companhias e o governo, nos níveis municipal, estadual e federal. O Conselho de Líderes já elaborou e lançou dois estudos sobre a área de energia: um sobre financiamento à energia renovável e outro a respeito de consumo eficiente de energia. Todos estes materiais se caracterizam por análises aprofundadas, são concebidos a partir da troca de conhecimento entre as empresas e autoridades públicas e que trazem soluções concretas. O momento agora é de juntar esforços e implementá-las.
O Conselho é aberto a todas as empresas que sejam associadas e cujos CEOs estejam dispostos a participar ativamente das reuniões. Se quiser saber em primeira mão os novos conteúdos e palestras promovidos pelo Conselho de Líderes e pelo CEBDS como um todo, continue acompanhando o nosso blog e seja um associado!