CEBDS lança estudo sobre impactos financeiros do risco climático

Publicação apresenta estratégias para orientar empresas no Brasil a como gerir e relatar riscos climáticos, de acordo com recomendações da organização internacional TCFD

A perspectiva do setor financeiro sobre a forma com que as empresas incorporam os riscos climáticos em seus negócios impacta diretamente no seu processo de decisão de onde e como investir. Nas últimas Conferências das Partes (COPs) houve grande movimentação na direção do aumento de transparência dos riscos e impactos das mudanças climáticas. Com o intuito auxiliar as empresas a se prepararem para mensurar e reportar consequências em relação ao aumento da temperatura do planeta em 1,5 ou 2ºC, o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) elaborou o estudo Impactos financeiros do risco climático: uma estratégia essencial para o negócio. Em formato de e-book, o material já está disponível para download gratuito no site da organização.  

Para elaborar um diagnóstico de como as empresas estão mesurando e relatando o risco climáticos em seus negócios atualmente no Brasil, o CEBDS analisou 52 empresas, divididas em 4 setores: Agro (agricultura, alimentação e produtos florestais), Financeiro, Energia, Materiais e Construção e Outros. A pesquisa comprovou a baixa aderência das empresas na prática da divulgação dos riscos climáticos em seus relatórios financeiros, sobretudo de acordo com os critérios recomendados pela Força Tarefa Sobre Divulgações Financeiras Relacionadas ao Clima (TCFD, na sigla em inglês). 

Formada por 32 membros de diversas organizações, selecionadas pelo Conselho de Estabilidade Financeira (FSB na sigla em inglês), incluindo grandes bancos, seguradoras, gestores de ativos, fundos de pensão, consultorias e agências de classificação de risco, a TCFD  possui a metodologia de mensuração de riscos climáticos considerada a mais completa e consistente pelas instituições financeiras, e que já é usada por mais 500 companhias no mundo. 

“Os riscos associados às mudanças climáticas abrangem as alterações físicas do clima, mudanças na regulação, dinâmicas de mercado e outros fatores, que em algum momento se traduzirão em custos financeiros. Por isso é importante identificar os impactos da empresa sobre o clima, mas também compreender a que riscos específicos cada setor de negócio está exposto, e qual o custo associado a eles”, explica Marina Grossi. 

Para atender as exigências de transparência do setor financeiro, a TCFD recomenda que a organização descreva sua governança em relação à gestão dos riscos e oportunidades relacionados às mudanças climáticas, exponha os impactos reais e potenciais destes riscos e oportunidades, divulgue como identifica, avalia e gerencia os riscos e apresente as métricas e metas utilizadas para a mensuração.  

Além do diagnóstico de como as empresas estão reportando riscos climáticos no Brasil, o estudo do CEBDS traz um mapeamento dos principais desafios relacionados à implementação do que é proposto pelas recomendações da TCFD e apresenta as dez principais ações necessárias para o setor empresarial no Brasil avançar na implementação da TCFD. 

Clique aqui para acessar o estudo na íntegra. 

Sobre o CEBDS 

Fundado em 1997 por um grupo de grandes empresários brasileiros, o CEBDS (Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável) é uma associação civil sem fins lucrativos que promove o desenvolvimento sustentável por meio da articulação junto aos governos e a sociedade civil, além de divulgar os conceitos e práticas mais atuais sobre o tema. O Conselho reúne cerca de 60 dos maiores grupos empresariais do país, com faturamento equivalente a 40% do PIB, e responsáveis por mais de 1 milhão de empregos diretos. O Conselho é o representante no Brasil da rede do World Business Council for Sustainable Development (WBCSD). 

O Conselho atua por meio de seis Câmaras Temáticas (fóruns) que reúnem representantes de empresas associadas ao CEBDS para construção e desenvolvimento de projetos relacionados a temas da Sustentabilidade: Água, Biodiversidade, Clima,  Impacto Social e Finanças.

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