CEBDS lidera no Brasil a avaliação de impactos dos negócios sobre a natureza

Conselho vai coordenar o debate sobre os parâmetros da TNFD, força-tarefa
global que visa promover investimentos positivos para a biodiversidade

O impacto sobre a natureza traz aos negócios uma série de riscos e
oportunidades. Por isso, é fundamental que instituições financeiras e empresas
tenham as informações necessárias para entender como a biodiversidade
impacta o desempenho da organização e para que possam direcionar seus
investimentos para iniciativas benéficas à natureza.

É com o objetivo de padronizar essa avaliação que a TNFD (força-tarefa
internacional sobre divulgações financeiras relacionadas à natureza) escolheu
para liderar seu Grupo de Consulta no Brasil o CEBDS (Conselho Empresarial
Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável).

A TNFD é uma iniciativa global que busca construir parâmetros para
instituições financeiras e empresas avaliarem os efeitos de suas operações na
natureza, e vice-versa. Esses grupos regionais estão sendo ativados para
promover o desenvolvimento dos parâmetros.

Para a TNFD, informações mais precisas permitirão que instituições financeiras
e empresas incorporem riscos e oportunidades relacionados à natureza em seu
planejamento estratégico, gestão de risco e decisões de alocação de ativos.
Afinal, mais da metade da produção econômica mundial – US$ 44 trilhões de
geração de valor econômico – é moderada ou altamente dependente da
natureza.

“Para as empresas, é muito relevante contar com uma estrutura de
gerenciamento e divulgação de riscos para que relatem e minimizem impactos
negativos relacionados à natureza. O objetivo final da TNFD é estimular uma
mudança nos fluxos financeiros globais a favor da natureza”, explica Henrique
Luz, gerente técnico do CEBDS.

A TNFD é uma resposta à crescente necessidade de considerar a
biodiversidade em decisões financeiras e de negócios. A entidade está
desenvolvendo uma estrutura para que as empresas avaliem, gerenciem e
divulguem seus riscos e oportunidades financeiros relacionados à natureza.
Nos próximos dois anos, será desenvolvida uma estrutura para que
corporações e instituições financeiras relatem riscos físicos e de transição
relacionados à natureza, que incluem riscos financeiros imediatos e materiais,
bem como dependências e impactos da natureza e riscos organizacionais e
sociais relacionados.

O tema também é relevante pela proximidade da COP 15, a Conferência de
Biodiversidade da ONU que será realizada em dezembro, no Canadá, e vai
aprovar o Novo Marco Global da Biodiversidade.

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