O manifesto traz pontos importantes e prioritários para o desenvolvimento sustentável endereçado ao Presidente da República, Jair Bolsonaro
Retomar o controle do desmatamento e combater a ilegalidades, para colocar o Brasil como líder agroambiental, foi proposto como premissas para o governo federal no documento publicado pela Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura na última quarta-feira, dia 28 de agosto. O Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) faz parte dos mais de 200 membros da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura que reúne representantes do agronegócio, das entidades de defesa do meio ambiente, do setor financeiro e da academia, reiterando a necessidade de ações imediatas e sistêmicas do poder público.
Como descrito no posicionamento oficial do CEBDS sobre a Amazônia: “o controle do desmatamento é a opção de menor custo (privado e social) para a redução de emissões de Gases do Efeito Estufa no Brasil. Aliar instrumentos financeiros, inclusive precificação de carbono e mecanismos internacionais de compensação financeira, é fundamental para a viabilidade de tais estratégias”.
A Coalizão Brasil é enfática ao dizer que “já vivemos períodos em que uma queda significativa do desmatamento se deu em meio a um ciclo de saltos de produtividade na agropecuária”, deixando claro que “esse histórico mostra que não é necessário desmatar para aumentar a produção agrícola”.
A queima do desenvolvimento
O manifesto relata ainda que as queimadas e o desmatamento mostram forte relação neste ano de 2019, e embora o fogo seja utilizado regularmente em algumas práticas agrícolas ele também é usado como forma de desmatar ilegalmente áreas florestais protegidas. “O combate ao desmatamento ilegal envolve também coibir as invasões a terras indígenas ou áreas protegidas, inclusive para fins de garimpo ilegal”.
A preservação da floresta em pé mostra-se como sinônimo do desenvolvimento no país. “O Brasil tem uma grande oportunidade de atrair novos recursos junto a investidores nacionais e internacionais se for capaz de monetizar seus ativos ambientais. Além de remunerar a manutenção da floresta em pé, esses recursos podem ter reflexos diretos na nossa economia, por exemplo, incorporando o valor dos ativos ambientais brasileiro ao PIB do país”, explica o manifesto.
Por fim, é preciso frisar mais uma vez que não existe controvérsia entre produzir e preservar. As empresas de vanguarda em todos os setores produtivos, especialmente no agronegócio brasileiro, já reconhecem o caminho do desenvolvimento sustentável e as boas oportunidades de negócios geradas a partir das melhores práticas no âmbito social e ambiental.