Cerca de 500 mil famílias não são atendidas pelas distribuidoras de energia elétrica no Brasil, e a Amazônia concentra 70% delas, segundo dados do Ministério de Minas e Energia (MME). A energia solar é a maior aposta para as comunidades indígenas, ribeirinhas e extrativistas, que também contam com projetos de energia eólica e microcentrais hidrelétricas, que têm sido testados por ONGs.
Desde 2017, uma comunidade passou a ser atendida pela distribuidora Celpa, com a instalação de painéis fotovoltaicos em casas, escolas e postos de saúde da reserva extrativista Verde Para Sempre, no Pará.
“Antes, para conservar o peixe a gente colocava sal, mas isso dá hipertensão, né? Agora a gente pode pegar, armazenar, tomar uma água gelada. E só o fato de não ter que usar mais a lamparina, não precisar comprar mais combustível e não ouvir mais aquele barulho do gerador já é muito bom”, diz Margarida Ribeiro da Silva, líder comunitária da reserva Verde Para Sempre.