A Global Reporting Initiative (GRI) acaba de ganhar, no Brasil, um aliado de peso em sua missão de promover a qualidade das informações relacionadas a impacto social, meio ambiente e governança nos relatórios anuais de empresas que utilizam seus indicadores. Foram iniciadas no último dia 3 as atividades do Conselho Consultivo da GRI, que terá a atribuição de aperfeiçoar a convergência desses dados, também conhecidos pela sigla ESG em inglês, com as necessidades dos investidores.
Para cumprir esse papel, o colegiado terá um perfil multi-stakeholder, ou seja, com representantes de alguns dos principais públicos de interesse das atividades da GRI. Os conselheiros terão mandato de três anos e terão pelo menos quatro reuniões anuais, com a possibilidade de encontros intermediários. Os integrantes reúnem experiências que vão desde o meio acadêmico até o empresarial e de investimentos – confira relação abaixo.
“Um sonho que se tornou realidade graças a todos os conselheiros que aceitaram participar desta jornada para melhorar a transparência das empresas no Brasil. Esse conselho tem um papel fundamental para a manutenção do caráter multi-stakeholders e da independência e neutralidade da GRI. Ele ainda auxiliará na definição de estratégias e definir caminhos para melhorar a qualidade de informações divulgadas e aumentar a participação dos stakeholders no ecossistema da transparência, especialmente os não-convertidos”, disse Glaucia Terreo, ponto focal da GRI no Brasil.
Conselho Consultivo da GRI buscará convergência
O colegiado é presidido por Sônia Favaretto, que assumiu o cargo após 10 anos como diretora de Sustentabilidade da B3, onde também ocupou a presidência do Conselho do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE). A executiva terá a missão de conduzir os trabalhos do Conselho Consultivo com o objetivo apoiar a GRI em decisões estratégicas e na avaliação do cumprimento de seu papel institucional. Para isso, terá a tarefa de estabelecer interlocução permanente com representantes de agentes do mercado e demais públicos de interesse.
Com sede em Amsterdã, na Holanda, a GRI é uma organização internacional que ajuda empresas, governos, instituições financeiras e organizações do terceiro setor a compreender e comunicar o impacto dos negócios em questões críticas para a sustentabilidade.
Segundo Favaretto, o Brasil registrou avanços nos últimos anos em relação à divulgação de informações ESG por parte das empresas, mas ainda há muito a ser feito na inserção desses indicadores no processo de tomada de decisões.
“Esse é um desafio mundial e o Brasil está muito avançado nisso. Por mais que se discuta questões relacionadas a transparência há décadas no país, no entanto, temos que melhorar as informações e manter um diálogo cada vez maior com os investidores. Nesse sentido, cabe destacar que temos representantes do Conselho quatro importantes representantes desse segmento. A mudança a ser feita está no pensamento estratégico nos conselhos das empresas e na cultura entre os CEOs”, avaliou Sônia Favaretto.
A presidente do Conselho Consultivo da GRI no Brasil disse que as atividades do colegiado ainda estão no início. “Ainda é muito cedo para estabelecermos metas. O Conselho tem um perfil participativo entre todos os integrantes e com foco em transparência de informações. Obviamente, na medida em que se tenha um tema a ser aprofundado, podemos criar grupos de trabalho”, disse Favaretto.
Conheça os integrantes Conselho Consultivo da GRI no Brasil:
Sonia Consiglio Favaretto – chair do Conselho
Adriana Lagrotta Leles – vice-chair do Conselho
Eduardo Dumans, Constellation
Caio Magri – Instituto Ethos
Lauro Marins – CDP LA
Carlo Linkevieius Pereira – CB Pacto Global
Carlos Takahashi – BlackRock Brasil
Fabio Alperowitch – FAMA
Marina Cançado – Converge Capital
Marcelo Seraphim – UNPRI
Juliana Lopes – Pulsar
Valéria Café – IBGC
Heloisa Bedicks – IBGC
Professor Celso Lemme – COPPEAD
Professor José Roberto Kassai – FEA USP
Nilton Freitas – Bwint
Tatiana Araújo – GRI Stakeholders Council em Amsterdã
Olaf Brugman – membro do Conselho de Administração da GRI e superintendente de sustentabilidade do Sicredi