O painel “O futuro do trabalho” do Fórum Virada Sustentável com a participação de Davide Fiedler, Manager, social impact do World Business Council for Sustainable Development (WBCSD); Helen Andrade, gerente executiva de Diversidade e Inclusão da Nestlé; Liliane Rocha, fundadora e CEO da Gestão Kairós, e Tatiana Assali, gerente de Relações Institucionais do CEBDS debateu os impactos da revolução tecnológica nas formas de produzir e de trabalhar, as perspectivas do mercado de trabalho, além de políticas e práticas mais sustentáveis no relacionamento das empresas com seu capital humano.
Segundo a McKinsey, em cerca de 60% de todas as ocupações, um terço dos empregos pode ser automatizado. Outra distinção importante é que esses números variam muito de país para país. Como explica a McKinsey, “em termos absolutos, a China tem o maior número de trabalhadores que precisam mudar de ocupação, até 100 milhões, se a automação for adotada rapidamente, ou 12% da força de trabalho de 2030”. A McKinsey estima que entre 60 milhões e 375 milhões vagas da força de trabalho de 2030 estarão em novas ocupações.
Não existe apenas um futuro do trabalho, são várias possibilidades, apontou Tatiana Assali (CEBDS). “As pessoas querem basicamente segurança, o que inclui estar financeiramente estável; querem estar fisicamente e mentalmente bem; empoderamento; e atuar com propósito, se sentir orgulhoso das coisas que você consegue na vida e no trabalho”afirmou Davide Fiedler (WBCSD).
Helen Andrade (Nestlé) destacou que independente de como será o futuro do trabalho, é necessário preparar as novas gerações para uma resiliência com as adversidades, em que haja uma preocupação com a saúde e não só com o ferramental.
Para Liliane Rocha (Gestão Kairós) o futuro do trabalho tem que ser para todos. “Temos que ter lideranças empresariais mulheres, negros, pessoas com deficincia, LGBTQUIA+, idades diversas”.
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) propõe uma agenda centrada no ser humano para o futuro do trabalho que fortaleça o contrato social, colocando as pessoas e o trabalho que eles fazem no centro das políticas econômicas e sociais e das práticas comerciais. Essa agenda consiste em três pilares de ação que, em conjunto, impulsionariam o crescimento, a equidade e a sustentabilidade das gerações presentes e futuras: 1. Aumentar o investimento nas capacidades das pessoas; 2. Aumentar o investimento nas instituições de trabalho; e 3. Aumentar o investimento em trabalho decente e sustentável.