Limitar o aquecimento global é um compromisso de todos

Por Marcelo Pasquini, Head de Sustentabilidade do Bradesco.

De acordo com o Relatório de Riscos Globais, divulgado no último fórum econômico mundial, a crise climática continua sendo um dos riscos globais de maior impacto.

Em agosto deste ano, praticamente 3 meses antes da COP 26 (Conferência do Clima em Glasgow – Escócia), o IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), órgão de maior autoridade do mundo em ciência do clima, divulgou o seu sexto relatório demonstrando que o mundo, provavelmente, atingirá ou excederá 1,5ºC de aquecimento nos próximos anos, principalmente nas próximas duas décadas, antecipando o prazo e as projeções de avaliações anteriores. O relatório deixa claro que somente cortes ambiciosos nas emissões permitirão manter o aumento da temperatura global em 1,5º C, limite traçado pelos cientistas para prevenir os impactos climáticos mais severos.

Vale ressaltar que toda essa aceleração em relação ao aquecimento vem sendo causada pelas práticas humanas, que intensificam a geração de emissões e, que se continuarem nesse ritmo, de acordo com o IPCC (2021), o mundo pode aquecer até 5,7ºC até 2100 e apresentar resultados catastróficos. Importante lembrar que foi na COP 21, em 2015, que tivemos o consenso global de que as mudanças do clima eram causadas por ações humanas. Consenso esse, baseado na ciência.

É nesse aspecto que se destaca a importância do compromisso coletivo, onde todos têm um papel fundamental no combate as mudanças climáticas. Estamos nesse momento no contexto da COP 26 que tem como principal desafio viabilizar a implementação de planos concretos para manter o limite do aumento da temperatura em 1,5ºC.

Neste contexto, espera-se que as nações se comprometam com mais do que metas, mas com planos concretos para redução das emissões necessárias para limitar o aquecimento global.

Como representante do setor financeiro, podemos afirmar que a crise climática vem modificando o mercado como um todo. Os riscos de investimento, gerados pelo aquecimento global, estão acelerando uma realocação do capital, com impacto na precificação do risco e dos ativos. Sabemos que o risco climático é um risco financeiro, mas sabemos também que a transição para uma economia de baixo carbono representa uma grande oportunidade de negócios.

Como protagonistas dessa agenda de impacto positivo, nos tornamos a primeira instituição financeira do Brasil a aderir à Net-Zero Banking Alliance (NZBA), comprometendo-se a ter um portfólio de crédito neutro em carbono até 2050. Não foi uma decisão da noite para o dia, mas uma evolução da nossa estratégia climática.

Chegamos a um novo patamar de gestão climática e seguimos, engajando e apoiando os nossos clientes a adaptarem seus negócios, promovendo uma economia mais eficiente, sustentável e resiliente às mudanças climáticas.

Essa é uma agenda coletiva, somente juntos alcançaremos o propósito!

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