Manual de compras sustentáveis: como proceder?

Os processos dentro das empresas estão passando por grandes transformações e o olhar que as organizações dedicam, hoje, à sua cadeia produtiva e relação com fornecedores também está mudando.

O ciclo de vida dos produtos, por exemplo, é pensado de maneira sustentável desde a extração da matéria-prima até sua disposição final. Veja um manual de como as empresas devem proceder para incluir os critérios de sustentabilidade ao realizar suas compras. Confira!

Engajamento da alta administração da empresa

O envolvimento da alta administração da empresa à incorporação de práticas de sustentabilidade influencia diretamente nas diretrizes que outras áreas da organização recebem a seu respeito, e também naquilo que é esperado que elas apliquem sobre o tema.

Dessa forma, o envolvimento e direcionamento da alta gestão representa um imprescindível apoio, que suporta o desenvolvimento de suas práticas. À medida que os altos cargos dentro da organização se mostram interessados a inserir esse tipo de iniciativa, toda a equipe de colaboradores se contagia e abraça a causa, otimizando e acelerando o processo de inserção nos processos da empresa.

Capacitação e alinhamento da equipe de compras

É de vital importância que a equipe de compras esteja ciente da importância da implementação de critérios de sustentabilidade ao processo de aquisições da empresa. Isso exige, por exemplo, que o time saiba conceitos como:

  • – materialidade;
  • – relatórios;
  • – diretrizes e políticas de sustentabilidade da empresa;
  • – emissões de gases de efeitos estufa (GEE).

Dessa forma a interlocução com este tema será mais rica, refletindo diretamente na escolha e avaliação dos critérios de seleção de uma maneira mais conectada com o negócio e com a realidade do mercado.

A comunicação entre as duas áreas – compras e sustentabilidade – é imprescindível para garantir a coerência da preparação do racional da seleção dos fornecedores. A área de sustentabilidade contribui para o esclarecimento sobre os itens materiais da empresa e para definição sobre o escopo dos critérios de seleção.

Quando os dois setores criam uma relação de harmonia, os conceitos são aplicados com maior facilidade, tornando o processo otimizado e mais fácil de ser compreendido.

Relação com fornecedores

Para iniciar uma boa relação com os fornecedores e de forma transparente, é essencial a elaboração de um plano de comunicação a fim de informá-los os critérios de avaliação aos quais serão submetidos.

Isso garante uma relação saudável entre as partes e também fomenta a proatividade daqueles que ainda não se inserem nos padrões exigidos pelas organizações.

Para ampliar os canais de comunicação com os fornecedores, é interessante adotar:

  • – portais de fornecedores;
  • – workshops;
  • – reuniões individuais.

Também é comum que as empresas se questionem a respeito da veracidade de informações passadas pelos seus parceiros e fornecedores. É possível reduzir o risco do uso de informações que não correspondam à realidade através de:

  • – solicitação de evidências documentais como certificados;
  • – visitas às plantas de fornecedores;
  • – pesquisas de internet;
  • – declarações voluntárias.

Um dos principais objetivos é tornar a maior parte dos processos sustentáveis e não tão somente a compra. Por isso, o engajamento de fornecedores se torna um ganho a mais no caso desses aderirem às iniciativas e práticas sustentáveis, conferindo melhorias de redução de impacto tanto social quanto ambiental.

Matriz de materialidade

A matriz de materialidade da empresa é um dos insumos necessários à elaboração do racional de compras proposto. É essencial que ela esteja estruturada e acessível à pessoa responsável diretamente pelas compras.

Por exemplo, se é definido que somente produtos com design projetado para reduzir seu impacto ambiental dentro de um “ciclo de vida” podem ser adquiridos, é essencial que os responsáveis por determinar as compras da organização estejam cientes para que possam optar por aqueles que se encaixam nos padrões exigidos pela empresa.

Caso a empresa não faça uso desta ferramenta, é indicado que ela seja elaborada sob a liderança da área de sustentabilidade da organização para que possa servir ao processo de compras.

Engajar a alta administração da empresa, capacitar a equipe de compras, instaurar um relacionamento dinâmico e transparente com os fornecedores através de matrizes de materialidade e outros aspectos dentro da sustentabilidade, conferem ganhos enormes às organizações.

Aproveite para baixar gratuitamente o “Manual de Compras Sustentáveis” do CEBDS. É só clicar no link abaixo! Qualquer dúvida, deixe o seu comentário!

Manual de Compras Sustentáveis

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