Nosso compromisso com o desenvolvimento sustentável

A população mundial caminha para alcançar 9 bilhões de pessoas até o ano de 2050. Desse total, 70% residirão em cidades, ou seja, aproximadamente 6,3 bilhões de seres humanos. Diante de tal mudança na distribuição da população mundial, um desafio fácil de se prever é que a demanda por infraestrutura será ainda maior do que a atual, afinal, serão necessárias mais residências, escolas, hospitais e estradas. Consequentemente, será ampliado o uso de materiais de construção, especialmente cimento, uma das matérias-primas mais consumidas no mundo.

Essa transformação representa enormes oportunidades para o setor de materiais de construção à medida que os desafios de crescimento urbano, escassez e mudança ambiental se tornarão os direcionadores-chave de nosso negócio no decorrer das próximas décadas. ​

Por esse motivo, acreditamos que a sustentabilidade significa alcançar nossas ambições de crescimento, dentro das necessidades atuais e futuras da sociedade, por meio da oferta de serviços e materiais de construção ecoeficientes e inovadores para nossos clientes, atuando de maneira ética e transparente de acordo com a lei e regulamentos, providenciando um ambiente de trabalho saudável, seguro e inspirador para nossos funcionários e, ainda, apoiando nossas comunidades, para que possam prosperar.

Alinhados aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), temos uma agenda a ser trabalhada em todos os países nos quais estamos presentes nos próximos 15 anos. As iniciativas para cumprirmos os 17 objetivos previstos são muitas, entre elas as voltadas a energia limpa (ODS7), indústria, inovação e infraestrutura (ODS9), consumo e produção responsáveis (ODS12)  e combate às alterações climáticas (ODS13).

Pesquisa online realizada com principais stakeholders da Votorantim Cimentos. FONTE: Relatório Integrado 2016

 

Estes desafios vão ao encontro do cenário de grande concentração urbana, citado acima, e que também impõe um esforço ainda maior para a indústria de cimento, cuja produção responde por cerca de 5% das emissões de dióxido de carbono (CO2) no mundo.

Vale lembrar, ainda, que a matriz energética que abastece tanto os parques produtivos de materiais de construção, quanto metrópoles cada vez mais populosas, ainda está longe do ideal. Nos países desenvolvidos, ela é composta por somente 13% de fontes renováveis, enquanto nos países em desenvolvimento esse número cai para 6%.

Ciente da sua responsabilidade em minimizar os impactos do processo produtivo, a indústria de cimento firmou um acordo durante a COP 21 que inclui o compromisso de reduzir as emissões entre 20% e 25% até 2030. A Votorantim Cimentos, particularmente, tem como meta reduzir as emissões de CO2 por tonelada de cimento em 25% até 2020. Tal meta está apoiada em quatro direcionadores principais: oferta de produtos ecoeficientes; substituição de combustíveis fósseis por combustíveis alternativos e biomassa na geração de energia térmica; pesquisa e desenvolvimento visando encontrar matérias-primas alternativas e com menor pegada de CO2 para produção de cimento; e investimentos em eficiência energética e implementação de projetos de captura e sequestro de carbono.

Produtos atestados

Em uma iniciativa ainda pouco praticada no setor, a Votorantim Cimentos obteve em meados de 2016, por meio do sistema internacional Environmental Product Declarations®, declarações ambientais para cinco produtos de seu portfólio – três tipos de cimento, um de concreto e um de argamassa (ODS12).

A possibilidade de avaliar os impactos ambientais dos produtos ao longo de todo o ciclo de vida, desde a extração da matéria-prima até o destino final, e com asseguração de uma terceira parte, resulta em certificações que garantem transparência ao mercado. Esse primeiro passo, que também garantiu à empresa o pioneirismo na obtenção das declarações no setor no Brasil, é parte de um longo caminho ainda a ser percorrido visando garantir mais ecoeficiência aos produtos que oferecemos.

Coprocessamento como alternativa

A Votorantim Cimentos criou em 2015 uma nova área para buscar opções de combustíveis e matérias-primas alternativas para a produção. Por meio da área de AFR (Alternative Fuels and Raw Materials), a empresa vem intensificando a prática do coprocessamento – substituição de combustíveis fósseis por combustíveis alternativos e biomassa na geração de energia térmica –, utilizando, inclusive, resíduos gerados por outras indústrias (ODS13).

Para dimensionar a relevância da prática, o volume coprocessado em 2016 consumiu 637 mil toneladas de resíduos, pneus e biomassas, o que contribuiu para reduzir a emissão de mais de 630 mil toneladas de CO2. Os benefícios ambientais, no entanto, vão além. Por conta dessa substituição na matriz térmica, a Votorantim Cimentos deixou de utilizar o equivalente a 10 mil caminhões de coque de petróleo.

Quando comparado a outras alternativas de destinação de resíduos, o coprocessamento é, certamente, a opção com melhor relação custo/benefício quando considerando os aspectos ambientais e sociais relacionados à gestão de resíduos.

Matérias-primas alternativas

Quando se trata de buscar matérias-primas alternativas para o processo produtivo, inovação e sustentabilidade precisam caminhar lado a lado. E, nesse quesito, um case recentemente premiado no Brasil pode ser destacado.

A lama negra – ou rejeito Caron – é um resíduo do processo de beneficiamento do níquel. Em Niquelândia (Goiás), a Votorantim Metais – empresa do portfólio da Votorantim S.A, assim como a Votorantim Cimentos – gerou 20 milhões de toneladas de lama negra, depositadas na barragem Jacuba. Ao ser analisado, o resíduo mostrou atender, in natura, aos requisitos de materiais pozolânicos, podendo ser usado como adição ao cimento e, portanto, substituindo parcialmente o clínquer. Do ponto de vista ambiental, o uso da lama negra reduz a presença de clínquer no cimento, além de permitir uma melhor destinação para o resíduo inicialmente disposto em uma barragem de contenção. Já em termos de produto, a adição das pozolanas resulta em um cimento adequado para aplicações em que é necessário ter alta durabilidade.

Um projeto ainda embrionário, mas que já se mostra animador para a gestão das emissões industriais de carbono, vem sendo conduzido pela St Marys Cement, empresa da Votorantim Cimentos na América do Norte. Uma parceria com o programa Algal Carbon Conversion (ACC), do National Research Council (NRC), do Canadá, e com a Pond Technologies, resultou em um projeto demonstrativo de biorrefinaria de algas que recicla CO2 e outras emissões industriais, transformando-as rapidamente em biomassa por meio da fotossíntese, utilizando um fotobiorreator de 25 mil litros (ODS7).

Mais sustentabilidade

Além dessas ações, quando analisamos nossos desafios para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), vale ressaltar a Política Ambiental Global e Regras Verdes, que constitui a nossa estratégia de sustentabilidade e metas estabelecidas para melhores práticas e que, neste contexto, norteou diferentes ações de melhoria contínua e inovação (ODS9).

Internamente, trabalhamos para ampliar a compreensão e implementação de medidas e práticas de desenvolvimento sustentável em todas as nossas operações. Na Semana de Práticas Sustentáveis, por exemplo, mobilizamos 3.500 empregados de 30 unidades do Brasil para conhecerem e se engajarem em projetos sociais que apoiamos (ODS8). Para nós, ao incorporar uma cultura de sustentabilidade, ampliamos o conhecimento, capacitamos pessoas e incentivamos inovações na área.

Um dos avanços neste sentido foi a validação do Plano de Gerenciamento Hídrico (ODS6), em todas as unidades da Votorantim Cimentos. Com o objetivo de aprimorar ainda mais a gestão sustentável da água em toda a cadeia produtiva, mapeamos e implementamos medidas para minimizar o impacto das nossas operações sobre esse recurso. O foco principal desse plano são as unidades que operam em áreas de escassez hídrica, sendo as mesmas espalhadas em diferentes continentes.

Estação de Tratamento e Reuso de Águas Industriais da Votorantim Cimentos em Cuiabá (MT)

 

Nós também contamos com fortes parcerias para aplicar esses conceitos de sustentabilidade em toda a cadeia. Em conjunto com a Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE) e a Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (RBMA), surgiu a Cooperação Técnica (ODS14 e 15), que busca encontrar soluções para os desafios da mineração em áreas com cavernas e Mata Atlântica. É a primeira vez no setor cimentício que três organizações de naturezas diferentes trabalham juntas para falar da gestão do patrimônio natural.

Ao promover iniciativas como estas, com foco a longo prazo, buscamos algo em comum com as comunidades nas quais estamos inseridos: o crescimento sustentável. Entre 2012 e 2017, realizamos 500 projetos sociais, que somam o investimento de aproximadamente R$ 84 milhões (ODS8). O Programa ReDes, o Projeto Sobral do Futuro e o Moradigna são destaques da nossa atuação e investimento em responsabilidade social. Ao estabelecer um diálogo aberto e promover uma gestão social dos negócios, além do desenvolvimento local, garantimos que a nossa presença represente uma melhoria no bem-estar social e qualidade de vida das pessoas.

Tudo isso porque nosso olhar está voltado para o futuro e queremos deixar um legado do qual nos orgulhamos. Os Nossos Compromissos de Sustentabilidade para 2020 (ODS16), fundamentados em quatro pilares estratégicos (Segurança; Ética e Compliance; Ecoeficiência e Inovação; e Engajamento com a Comunidade), representam não só nossas crenças e conceitos de sustentabilidade direcionadores das estratégias da empresa, mas também o nosso compromisso com as pessoas e com o mundo. Porque a vida é feita para durar.

Conheça os Nossos Compromissos de Sustentabilidade para 2020.

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