O Acordo de Paris e a Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC, na sigla em inglês) são convenções que regem medidas de redução da emissão de dióxido de carbono (gás carbônico) a partir de 2020
O Acordo de Paris é um tratado mundial que possui como objetivo: reduzir o aquecimento global. O acordo foi negociado durante a COP21 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2015), em Paris, e foi aprovado em 12 de dezembro de 2015. O Acordo de Paris entrou em vigor oficialmente no dia 4 de novembro de 2016. Suas medidas e metas passam a valer para todos os 195 países signatários do acordo a partir de 2020.
Os oceanos e a atmosfera estão esquentando ano após ano devido às grandes emissões de gases, processo nocivo ao planeta desencadeado pela ação humana. Os maiores vilões das emissões de gases são a queima dos combustíveis fósseis e o desmatamento das florestas (responsáveis por renovar o oxigênio).
Aliar o crescimento populacional e industrial ao desenvolvimento sustentável deve ser um trabalho constante e realizado por todos. E, as empresas têm um papel de extrema importância, demonstrado no estudo realizado pelo CEBDS: Como as empresas vêm contribuindo com o Acordo de Paris.
O estudo mostra o que o setor empresarial está fazendo para mitigar suas emissões no âmbito do acordo firmado na COP21. Participaram 38 empresas globais, das quais 21 são brasileiras ou dispõem de dados sobre emissões no Brasil. A publicação aponta que Empresas possuem potencial transformador da solução tecnológica e papel estratégico para o cumprimento da meta brasileira no Acordo de Paris.
De 2015 a 2017, as empresas brasileiras executaram 1.340 projetos, totalizando um investimento de US$ 85,8 bilhões para redução de emissões. Os projetos contribuíram para uma redução de mais de 217,9 milhões de toneladas de CO2.
Mais de 90% das empresas globais, possui meta de redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE). Segundo o estudo, 86% das empresas brasileiras também já estabeleceram suas metas e quase 90% delas possui meta de redução de emissões até 2025.
A precificação de carbono – atribuir um custo aos impactos gerados pelo aumento de gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera, causados pela queima de combustíveis fósseis e mudanças no uso da terra para a produção de insumos, manufatura, distribuição e consumo desses produtos – já é utilizada por 57% das empresas brasileiras. Os instrumentos de precificação criam oportunidades de minimização de custos, dando às empresas a liberdade de escolher tecnologias e tomar a decisão de pagar o preço pela emissão, de acordo com seus custos de controle e metas de produção e expansão.
Líderes internacionais discutem o Acordo de Paris
O Acordo de Paris e as mudanças climáticas estão em pauta nas discussões dos líderes internacionais nas conversas que antecedem a 14.ª reunião de cúpula do G20, que será realizada nos dias 28 e 29 de junho do Japão. O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou nesta quinta-feira, 27, que não assinará nenhum acordo comercial com o Brasil caso o presidente Jair Bolsonaro retire o Brasil do Acordo de Paris, ameaçando colocar em risco os trabalhos de negociações comerciais entre União Europeia (UE) e Mercosul, segundo reportagem da Veja.
A França foi um dos principais impulsionadores do acordo de Paris e está em debate no parlamento do país um projeto de lei de energia que visa uma taxa de zero emissões líquidas de gases de efeito estufa até 2050. O secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, também pediu na quarta-feira aos países do G20 que apoiem metas climáticas mais ambiciosas, entre outras iniciativas internacionais.
O Japão, país anfitrião da cúpula do G20, tem sido criticado por apoiar o uso contínuo de carvão para geração de energia, uma das maiores fontes de emissões de gases que causam o aquecimento global.