O cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) pode gerar oportunidades de negócios da ordem de US$ 11 trilhões e cerca de US$ 4 trilhões de investimentos. Esses foram alguns dos dados apresentados no Chennai 2016 – WBCSD Council Meeting, evento semestral do World Business Council for Sustainable Development (WBCSD), que termina nesta sexta (7) em Chennai, no sul da Índia.
O Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) representou o Brasil no encontro, que contou com 350 participantes, incluindo 40 CEOs de grandes grupos econômicos mundiais. Para a presidente do CEBDS, Marina Grossi, a forte adesão de importantes CEOs ao evento prova a disposição empresarial de exercer um protagonismo frente aos grandes temas mundiais de sustentabilidade.
Paul Polman, CEO da Unilever e considerado o CEO da Sustentabilidade, concorda com o posicionamento de Grossi. Ele afirmou que os governos começam a reconhecer que, sem a participação do setor privado, o Acordo de Paris não teria sido exitoso. “A presença das lideranças empresariais foi decisiva para mostrar que ações para reverter os efeitos das mudanças climáticas são interessantes também para os negócios”, explicou Polman, alertando, porém, para a necessidade de dar escala a tecnologias e soluções de negócios alinhadas com a economia de baixo carbono.
PARTICIPAÇÃO BRASILEIRA DESTACA A EFICIÊNCIA NO USO DA ÁGUA
Nesta quinta-feira (6), o CEBDS apresentou em Chennai o estudo “Eficiência no uso da água – Oportunidades para empresas e instituições financeiras”.
“Apresentamos 14 tecnologias, que, aplicadas aos dez setores que mais consomem água no Brasil, poderiam trazer economias de consumo da ordem de 3% (na agricultura) a 19% (na indústria). É uma economia de 4,4 bilhões de metros cúbicos ao ano, que, para ser viabilizada, depende de R$ 50 bilhões em investimentos, dos quais mais da metade poderia ser custeada por instituições financeiras, com ganhos para todos os envolvidos”, afirmou Grossi. As tecnologias indicadas incluem Irrigação por Gotejamento para Soja, Evaporação por Concentração de Vinhaça, Osmose Reversa, Destilação Térmica, Reflorestamento, dentre outras.
A implementação dessas tecnologias permite, por exemplo, que em casos de crise hídrica ou de redução do abastecimento, problema recorrente no Brasil nos últimos anos, a empresa esteja menos vulnerável e dependente da gestão pública de reservatórios e mananciais. Soluções como essas podem ampliar a contribuição brasileira à mitigação dos impactos das mudanças climáticas, trazendo como bônus maior competitividade e segurança econômica.
Para saber mais, faça o download gratuito da publicação “Eficiência no uso da água – oportunidades para empresas e instituições financeiras”, produzido pelo CEBDS em parceria com a agência de cooperação alemã Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ): http://bit.ly/2cXl5p7