O presidente do Itaú Unibanco, Candido Bracher, em entrevista ao Estadão, afirmou que é necessário discutir a regularização fundiária, com planos de incentivo para os proprietários de terra que mantêm as árvores em pé. “Vamos montar um plano para desestimular o consumo de gado criado em área ilegal. Não vamos financiar essa cadeia, se (as empresas) estiverem nessas condições.”
Uma das prioridades na questão ambiental dos principais bancos privados do Brasil (Itaú, Bradesco e Santander) é evitar que as atividades agrícolas contribuam para o desmatamento da Amazônia. Segundo Bracher há uma ausência de políticas públicas de qualidade em relação à Amazônia. “Claramente, a política ambiental do governo no que se refere à questão da Amazônia não está funcionando. Nós precisamos ajudar, e o governo tem de agir com eficiência maior. Essa pandemia mostrou aos bancos o potencial da ação conjunta para o bem (geral). A questão ambiental preocupa os três bancos. Estamos todos expostos às pressões internacionais, pois conversamos com os investidores estrangeiros e sentimos as preocupações do mundo”, declarou.