Roda de Conversa Enfatiza Articulação entre Competitividade e Sustentabilidade

A relação de interdependência, cada vez mais consolidada, entre sustentabilidade e competitividade foi uma das discussões centrais da roda de conversa sobre gestão de carbono nas cadeias de fornecedores, promovida pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), Carbon Disclosure Project (CDP) e Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (GVces) na tarde dessa quinta (13).

Cerca de 40 pessoas estiveram presentes à conversa, realizada no auditório da Schneider Electric, em São Paulo, e mais de 100 espectadores acompanharam online as palestras e a apresentação do case da Braskem, uma das empresas pioneiras no Brasil na gestão de inventário de emissões de gases de efeito estufa.

“É muito importante criarmos um novo olhar sobre a economia. Existe uma necessidade e uma tendência irreversível das empresas inserirem a sustentabilidade nas suas estratégias de negócio”, afirmou Lilia Caiado, coordenadora das Câmaras Temáticas de Clima e Energia e Finanças Sustentáveis do CEBDS.

Lilia apresentou os resultados de uma pesquisa feita com 39 empresas, incluindo perguntas sobre a relação entre os setores de sustentabilidade e compras e o engajamento das companhias junto aos seus fornecedores, por exemplo. Ela falou também sobre a importância do Acordo de Paris como um movimento global capaz de gerar uma nova lógica de mercado. “Cria-se todo esse novo espaço, onde o Brasil tem grandes vantagens”, declarou.

A precificação de carbono também foi destaque no encontro. “Mais de mil empresas no mundo precificam o carbono ou tem a intenção de precificar nos próximos 2 anos. Descarbonizar os portfólios de investimento é um movimento global”, explicou George Magalhães, coordenador do Programa Brasileiro GHG Protocol. A precificação de carbono deverá gerar uma nova lógica de competitividade. “Com o avanço da economia de baixo carbono será cada vez mais competitivo quem menos emitir”, completa Lilia.

Os participantes salientaram o desafio da reorganização das cadeias globais de suprimento. Para Lauro Marins, gerente do programa de Supply Chain América Latina da CDP, “as empresas precisam, em primeiro lugar, olhar para dentro de casa e depois para os fornecedores. O inventário é o primeiro passo para o diagnóstico, além de oferecer caminhos para a redução de emissão de gases de efeito estufa”, finalizou.

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