O jornal londrino Financial Times publicou esta semana um caderno especial sobre o Brasil e o desafio da sustentabilidade no país, com foco na Amazônia. Chamada de “The Road to Sustainability”, a edição traz uma entrevista com a presidente do CEBDS, Marina Grossi, sobre como a agenda ESG está afetando os negócios brasileiros. Participam também do suplemento Walter Schalka, presidente-executivo da Suzano; Ilan Goldfajn, presidente do Credit Suisse Brasil e ex-presidente do Banco Central do Brasil; Wesley Batista Filho, presidente da JBS América Latina e Seara; e Annelise Vendramini, coordenadora do programa de finanças sustentáveis da escola de negócios FGV-EAESP. A conversa foi com o editor para a América Latina Michael Stott e com o chefe do escritório no Brasil Bryan Harris. Confira.
FT: Como as empresas brasileiras veem a agenda ESG agora?
Marina Grossi, presidente do CEBDS: Começamos a trabalhar em um movimento de combate ao desmatamento ilegal. A mensagem principal é que os CEOs [do Brasil] estão preocupados com a ilegalidade e agora temos cerca de 90 empresas inscritas. Começou como um Comunicado, mas agora é um movimento, porque estamos conversando com todas as autoridades do governo [e dizendo]: Não é uma questão de governo ou de partido, é uma questão de chances do Brasil competir nesta nova economia. A ideia de que podemos preservar e produzir é a mensagem mais importante do Comunicado.