Sequestro de carbono: a nova maneira de fazer agricultura sustentável

Por Maurício Rodrigues, CEO da Bayer Crop Science LatAm

Um dos vilões que provoca as mudanças climáticas é o carbono na atmosfera. As emissões de gases poluentes provocam o efeito estufa e aceleram o temido processo de aquecimento global. Contudo, enquanto carros e máquinas emitem gás carbônico, as plantas trabalham no caminho inverso: elas capturam CO² durante a fotossíntese e lançam oxigênio na atmosfera. Existem boas práticas agrícolas capazes de maximizar essa atividade e que podem ser valorizadas no campo para transformar as plantações em grandes aliadas da proteção ao clima.

Nesta próxima safra 2021/22, mais de 1.800 agricultores do Brasil participarão do programa PRO Carbono, iniciativa Carbono da Bayer, que oferece vantagens aos produtores rurais que desejam ampliar seu potencial produtivo e aumentar o sequestro de carbono no solo a partir da adoção de práticas mais sustentáveis. Esse número representa quase cinco vezes em relação aos inscritos na fase inicial do projeto, lançado na safra passada.

Durante todo o processo, será construído um ecossistema de carbono na agricultura brasileira com base em ciência, tecnologia de ponta e colaboração. O objetivo é oferecer aos produtores um modelo economicamente atrativo para o sequestro de carbono, enquanto são desenvolvidas soluções para enfrentar desafios técnicos, científicos e metodológicos ligados à mensuração de carbono e à geração de créditos no agro.

Serão mais de 215 mil hectares cultivados, em sua maioria, com soja e milho em propriedades espalhadas por 16 estados brasileiros que estarão no programa. Ao longo de cada ciclo, amostras de solo serão coletadas para análise e os agricultores poderão contar com as recomendações de cerca de 70 consultorias para as práticas de manejo sustentáveis. O produtor rural e a agricultura estão entre os mais afetados pelas mudanças climáticas extremas e pela falta de acesso a recursos. Há um interesse crescente em tornar o agro parte da solução dos desafios que a humanidade enfrenta hoje e um engajamento visível por iniciativas que permitam ganhos sustentáveis de produtividade.

Para fazer parte do programa, os inscritos foram aprovados em análises socioambientais e todos eles são também usuários da licença Plus do Climate FieldView, plataforma de agricultura digital da Bayer utilizada na coleta, análise e rastreabilidade dos dados. Para vencer os desafios inerentes à uma iniciativa inédita como o PRO Carbono, a Bayer conta com parceiros como a Embrapa, por meio de três centros de pesquisa (Embrapa Informática Agropecuária, Embrapa Instrumentação e Embrapa Meio Ambiente), Federação Brasileira do Sistema de Plantio Direto, startups e um time de experts acadêmicos, ligados a instituições renomadas como Esalq/USP, Unesp, UEPG, UFRGS e UFMG.

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