O principal encontro internacional voltado para biodiversidade – a 13ª Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade (COP13) – começa no próximo domingo (4) e vai até o dia 17 de dezembro, em Cancún, no México. Em pauta, o tema “Mainstreaming Biodiversidade para o bem-estar” e as negociações relacionadas às Aichi's Goals e aos protocolos de Cartagena It is Nagoya. Além disso, está prevista a construção e lançamento de um documento sobre a integração da biodiversidade, a Declaração de Cancún.
Para o setor empresarial, a COP será uma grande oportunidade para discutir os impactos das atividades produtivas na biodiversidade, uma vez que o colapso dos ecossistemas estão entre os maiores riscos enfrentados pelas empresas atualmente.
A delegação brasileira será liderada pelo subsecretário-geral de Meio Ambiente, Energia, Ciência e Tecnologia do Ministério das Relações Exteriores, José Antônio Marcondes. Dentre outras discussões, Marcondes representará o Brasil nas negociações do Painel de Alto Nível que reunirá mais de 200 ministros de todo o mundo antes da COP, nos dias 2 e 3 de dezembro.
Os ministros do Meio Ambiente, Sarney Filho, e da Agricultura, Blairo Maggi, também participarão do Painel, que tem o objetivo de discutir a integração da biodiversidade na agricultura, florestas, pesca e turismo; e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, em especial os objetivos 14 It is 15.
Os debates da COP13 serão transmitidos online, basta acompanhar o site oficial.
Fórum pré-COP discutirá a relação entre biodiversidade e negócios
Nos dias 2 e 3 de dezembro será realizado o Business and Biodiversity Forum que reunirá diferentes segmentos do setor empresarial e sociedade civil para discutir as perspectivas para os negócios. Na ocasião será assinada o Business Pledge, documento que agrega os compromissos do setor com a preservação e conservação da biodiversidade do planeta.
“O impacto da utilização da biodiversidade e dos ecossistemas vem sendo economicamente contabilizado e timidamente incluído na estratégia de negócios de empresas. É preciso avançar e se preparar para um novo modelo regulatório que já está batendo à porta. As companhias que entenderem que a restauração e manutenção desses serviços são essenciais para o bom funcionamento dos seus processos e, de forma proativa, liderarem as discussões, apresentarão vantagem competitiva em relação às demais”, ressaltou Marina Grossi, presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS).
No Fórum estarão em debate temas como a contabilidade e valoração do capital natural; o papel da biodiversidade na agenda climática e no cumprimento dos ODS; perspectivas e mecanismos para o financiamento de conservação e uso sustentável da biodiversidade; o acesso ao Patrimônio Genético e compartilhamento de benefícios; o papel das empresas no estímulo à produção e ao consumo sustentável; parcerias e tecnologias inovadoras voltadas para conservação da biodiversidade; e os desafios e oportunidades do setor agrícola em relação à biodiversidade. Confira a agenda completa do Fórum.
Quer saber mais? Leia a publicação Contribuições do Setor Empresarial Brasileiro para o cumprimento das Metas de Aichi.